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cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
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Mon chér Yann Moix, não te conheço, não conheço a tua escrita e dos teus feitos sei apenas o que disseste na entrevista à francesíssima Marie Claire, aquela onde afirmaste seres incapaz de amar uma mulher de 50 anos.
Peço-te que te apresses a encontrar-me, aproximo-me dessa vil idade a partir da qual ficarei, como dizes, invisível para um homem da tua sensibilidade.
Sim, um homem que ama a beleza é um homem de alma sensível, apesar do que possam dizer de ti essas por ti mal-amadas cinquentonas...
Dizes estar a beleza no corpo das mulheres de 25 anos e, mesmo sendo a beleza subjectiva, duvido que alguém te desdiga: os corpos de jovens adultos são geralmente firmes, lisos, brilhantes, cheios de vitalidade e modelados, sim, mas ainda não pela força da gravidade da gravidez da vida. São belos, são belos, sim!
Claro que fico triste, os meus 25 já passaram os 45 e os para ti tão ignominiosos 50 aproximam-se lestos do meu corpo... por isso, Yann, apressa-te ao meu encontro! Sonho tocar uma alma sensível que ama o Belo como tu amas, mesmo que não me ames assim tanto - ou mesmo nada, que seja! Imagina, Yann de moi, como seria estares comigo antes de eu te ser invisível e tu amadureceres nesse teu corpinho de cinquentão.
É verdade, mon Moix, és cinquentão e sofres de um qualquer mal de coeur que te impele à busca de amor físico - e eu aqui tão disponível para adoptar um cão perdido. Porque, basicamente, o que aparentas querer é roer um ossito e babares-te enquanto te afagam o pêlo.
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