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No Sapo 24 de hoje, aparece um artigo intitulado
"Premier League: três motivos para perceber o ódio entre o Arsenal e o Tottenham".
Não li o artigo. O título foi suficiente para perceber qual é o principal motivo.
Na Premier League, ou nas ligas com os nomes dos patrocinadores, os adeptos da violência surgem nas bancadas mas também nos cabeçalhos dos jornais. Resta-me esperar que, nestes, seja por inadvertência editorial - por advertência já cansa.
Mas, porque me atenta muitas vezes o bichinho do benefício da dúvida, fui investigar o que diz o autor sobre si, e descubro que quem assim escreve é "um jovem treinador" que trabalha "na terra de sua majestade", ainda que venere Bobby Robson e não Isabel II.
Passou, assim, de articulista a treinador que usa a palavra ódio para se referir à animosidade entre alguns adeptos de clubes rivais - para mais num país que teve graves problemas de violência entre adeptos e que entretanto os conseguiu controlar.
Serei apenas eu que considero o conjunto uma deprimente normalidade?
Desejo sinceramente que este "jovem treinador" amadureça o suficiente para perceber que ser treinador não se esgota no treino do jogo, que o treinador treina mentes e molda indivíduos.
Desejo também que, no processo, se aperceba da diferença entre escrever qualquer coisa na comunicação social, tarefa para treinadores de bancada, e a responsabilidade que deveria orientar profissionais quando peroram sobre a sua área temática. Não?
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