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Ouvi o Presidente da República declarar o Estado de Emergência.
Está declarado, o Governo fará uso das medidas adequadas em cada momento, pois esta declaração visa, disse o Presidente, facilitar os instrumentos necessários para que o Governo possa agir rapidamente. Que os exemplos daqueles que lidam com a COVID19 há mais tempo permitam eliminar etapas, se necessário - e, para isso, havia que tomar esta atitude, disse.
Até aqui, acompanho e concordo. Há pormenores e pormaiores a discutir sobre esta concordância, e continuará a haver - ficam para outros postais.
Mas não percebo de onde saiu aquele, e tento citar de memória, "Portugal existia antes de muitos desses países existirem, continuará a existir depois de esses países desaparecerem"*.
Não percebo de onde saiu, não percebo porque saiu e não percebo porquê agora. Já em Goa lhe tinha saído um, para mim, afrontoso "Goa é uma das riquezas que a Índia recebeu de Portugal". E agora esta. Mas agora? Não chegam os discursos nacionalistas de Trump, Órban e outros, agora também Marcelo com um discurso nacionalista e premonitório de desagragegações, anexações - ou talvez cataclismos? Numa altura em que as raias devem ser guardadas mas os esforços devem ser conjuntos e ultrapassar todas, mas todas as fronteiras?
Não percebo. Não gostei. Não me revejo nesta parte de um discurso que foi, em tudo o mais e numa primeira leitura, um sublinhar do alinhamento das forças políticas e de gestão nesta luta contra a COVID19. Um apelo à calma e à confiança.
E depois, isto...
* não consegui encontrar, ainda, um vídeo do discurso. admito que em vez de "desaparecerem", tenha usado outro vocábulo. mas a ideia era a mesma. se não era, a leitura foi.
imagem recolhida em Notícias ao Minuto
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