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cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
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Amar o próximo nunca lhe foi fácil, já o distante permitia-lhe intacto o coração. Fora quebrado uma vez, doera por muitas vidas.
Mas tentara. E falhara, as cuidadas muralhas isolando o chão macio da sua alma.
Sem dor, abraçou o destino de se preferir só do que mal compreendida.
E sorriu ao ver a vida avançar, ao saber as pessoas emparelhadas por tantos e tantos motivos que nem saberia interpretar.
Sempre precisou de interpretar. Interpretar, perceber, aceitar, compreender - sentir nunca foi suficiente.
Talvez seja insensível. E nem sinta a dor no macio chão escondido pelas muralhas que cuida com amor. E nem sejam lágrimas, aquela tristeza de que quem a compreenda talvez exista - mas não no mesmo tempo ou não no mesmo espaço que ela. Ninguém demoraria tantas vidas para se encontrar.
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