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cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
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O calendário virou a página. Tem 2021 pouco mais de três horas e eu escrevinho as memórias que desejo deste Ano Novo até velho.
Saúde. Força. Inspiração. Conquista. Sucesso.
Desejo-o para mim e para vós.
Que cada um de nós construa as memórias que desejar. Que cada um conquiste as medalhas que, pavimentando-nos o chão, nos abrem a Via Láctea e mais além.
E que comecemos hoje, recomecemos hoje um ano novo em flor.
Um agradecimento e um beijabraçado aos olhos de quem me lê. Feliz 2021!
... e um pedido de desculpa a quem me escreveu ou tem comentado as minhas muito ocasionais aparições e que, contra os meus hábito, gosto e vontade, ainda não recebeu resposta. Tardei a ler, tardarei menos a responder. Um beijo grandenorme.
Ao ar livre, que o Sol convida e o confinamento cansa.
Este dia de cerimónia reduzida mereceu de Marcelo mais uma hipocrisiazinha, dita com o afecto que lhe é característico nas alfinetadas que o conciliam com deuses e diabos. Nada de novo, portanto.
Enfim, é Dia de Portugal.
Também é dia de sardinha, e por lá falo do dia. Falo, e pergunto. Porque, afinal, o que é isso de Ser Português?
Talvez me possam ajudar a esclarecer esta questão. Passem por lá, é só apanhar boleia da sardinha.
31 anos após as manifestações que terminaram em massacre, as autoridades de Macau e de Hong Kong aproveitaram a boleia da pandemia para proibir as manifestações em memória das Vítimas da Praça Tiananmen.
Entre os que por cá rechaçaram, e bem, esta decisão das autoridades locais (?) chinesas encontro vários dos que vituperaram as comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, o que me parece uma manifesta incoerência - aos chineses deveria ser permitido celebrar a data e as vítimas da repressão da ditadura, aos portugueses deveria ser vedado celebrar a data e quem os retirou da ditadura.
"Parece uma manifesta incoerência", escrevi acima. Parece e é, sendo também uma clara demonstração de que os fins políticos lhes justificam os meios cheios de meios critérios.
Sim, eu sei, na China ainda se vive um regime não democrático que desrespeita os mais básicos Direitos Humanos, Macau e Hong Kong resvalando nessa direcção. Mas... em Portugal não vamos resvalando também, com deputados apresentando propostas racistas na casa da democracia e rádios de referência fazendo fóruns sobre tais propostas? Será a Democracia mais valiosa para quem não a tem do que para quem arrisca perdê-la?
Felizmente, a Assembleia da República teve cravos no 25 de Abril. Poucos, como o estado de emergência impunha.
Felizmente, a Praça do Senado (Macau) teve vigília no 4 de Junho. Poucos, mas mais do que o Estado impôs como emergência.
imagem recolhida no Visto de Macau, de onde parti à descoberta do Ponto Final
(1)
Peça, Lili Marleen
Intérpretes, Marlene Dietrich (1) e Lale Andersen (2)
Letra e música, Hans Leip e Norbert Schultze (1915 e 1938), versão inglesa Norman Baillie- Stewart (1942)
Motivo da dedicatória: Rendição da Alemanha Nazi em 8 de Maio de 1945.
Porque é fundamental cultivar a memória.
(2)
Peça, Whole lotta love vs Beethoven 5th Symphony
Intérprete, 2Cellos
Música, Ludwig von Beethoven (1804-1818); Jimmy Page (1969)
Motivo da Dedicatória: É possível ultrapassar o conflito de gerações.
Chegaram inteiros até aqui, certo?
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