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cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
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Elas, bailarinas de bailado clássico Meaghan Grace Hinkis, Isabella Gasparini, Romany Pajdak e Elizabeth Harrod, do The Royal Ballet
A música, clássica, Lago dos Cisnes, de Piotr Ilitch Tchaikovsky
A coreografia, bailado clássico, Marius Petipa
O quadro, Dança dos Cisnes
A ocasião, Royal Opera House (2018, Londres, Reino Unido)
Eles, acrobatas do Guangdong Acrobatic Troupe of China
A música, clássica, Lago dos Cisnes, de Piotr Ilitch Tchaikovsky
A coreografia, ginástica acrobática, Guangzhou Military Performance Group
O quadro, Dança das Rãs
A ocasião, London Coliseum (2011, Londres, Reino Unido)
Elas, bailarinas de bailado clássico do Dance World made in Takane
A música, clássica, Lago dos Cisnes, de Piotr Ilitch Tchaikovsky
A coreografia, bailado clássico, Marius Petipa, adaptada por Takane Yamamoto
O quadro, Dança dos Cisnes
A ocasião, International Dance Festival Tanzolymp (2008, Berlim, Alemanha)
Peça, Bandolins
Intérprete, Oswaldo Montenegro
Letra e Música, Oswaldo Montenegro (1979)
Imagem, "25 Anos: ao vivo" (Warner Music Brasil)
com um agradecimento ao Pequi, que me apresentou esta música
Amar o próximo nunca lhe foi fácil, já o distante permitia-lhe intacto o coração. Fora quebrado uma vez, doera por muitas vidas.
Mas tentara. E falhara, as cuidadas muralhas isolando o chão macio da sua alma.
Sem dor, abraçou o destino de se preferir só do que mal compreendida.
E sorriu ao ver a vida avançar, ao saber as pessoas emparelhadas por tantos e tantos motivos que nem saberia interpretar.
Sempre precisou de interpretar. Interpretar, perceber, aceitar, compreender - sentir nunca foi suficiente.
Talvez seja insensível. E nem sinta a dor no macio chão escondido pelas muralhas que cuida com amor. E nem sejam lágrimas, aquela tristeza de que quem a compreenda talvez exista - mas não no mesmo tempo ou não no mesmo espaço que ela. Ninguém demoraria tantas vidas para se encontrar.
Cheia teve a amabilidade de partilhar nos comentários um poema sobre Catarina Eufémia. De sua autoria, homenageia esta mulher morta pela brutalidade policial da ditadura.
Transcrevo o poema deixado no primeiro comentário. O poema merece. Obrigada, José Silva Costa!
Catarina Eufémia
O Mundo chorou
A tua brutal morte
Para espantares a fome
Arriscaste a sorte
Num tempo em que não se podia falar
Quanto mais reclamar!
Querias pão para os filhos sustentar
Como suportar
Ver os filhos de fome definhar?
O Alentejo não esquecerá
O triste dia, em que quem pedia, morria
A bruta força, não sabia, dialogar!
Queria, a todo o custo, a revolta, acabar
Cegos de ódio
Nem o facto de levares um filho ao colo e outro no ventre
Lhes fez, o coração, amolecer
Não! Nunca poderemos esquecer
O teu exemplo
Mulher, mãe, que apenas, trabalho, pedia
Porque não suportava a gritaria, que a fome fazia
Numa planície escaldante
Sem água, sem pão, sem fonte
Não foi em vão que deste o teu sangue, pelo Monte
Queriam calar-te!
Mas todos os dias, todos os anos, todos os séculos te vamos recordar
Nunca deixaremos de gritar: trabalho, pão, paz, para os filhos criar.
(1)
Peça, Lili Marleen
Intérpretes, Marlene Dietrich (1) e Lale Andersen (2)
Letra e música, Hans Leip e Norbert Schultze (1915 e 1938), versão inglesa Norman Baillie- Stewart (1942)
Motivo da dedicatória: Rendição da Alemanha Nazi em 8 de Maio de 1945.
Porque é fundamental cultivar a memória.
(2)
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