Imagem do blog - Gaffe
cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Recebi cupões de desconto em compras para hoje. Hoje, 1 de Maio, Dia do Trabalhador, feriado nacional em Portugal e em muitas democracias.
Se me recuso a fazer compras ao Domingo, pelas mesmas e por mais fortes razões me recuso a fazê-las hoje.
Afinal, hoje evoca-se a determinação daqueles primeiros trabalhadores que, em 1886, enfrentaram os patrões e, parando a produção, exigiram melhores condições de trabalho - não apenas salários mas condições: segurança, ergonomia, responsabilidade. Alguns teimam em relembrar que muito há ainda por fazer. Vou mais longe, literalmente: enquanto nós, consumidores, comprarmos produções de países que não têm leis laborais semelhantes às nossas estaremos a contribuir para o aumento desse muito que há por fazer. Além de promovermos a concorrência desleal, pois que as empresas portuguesas estão legalmente sujeitas a várias obrigações de protecção ao trabalhador e, com mais ou menos falhas, lá tentam cumpri-las. O que traz benefícios para todos, mas também custos directos para as empresas. Ainda assim, há ainda muito para fazer em Portugal.
O Eduardo Louro estranha este 1. de Maio. Sim, algo se passa. Talvez uma nova consciência que desperta? A ser, não despertará em todos. Nunca se sabe, nestes tempos tão estranhos... mas que os descontos de hoje eram para compras on line, eram. Ainda assim, não os usarei.
Na imagem, obtida no Calendarr, o extinto Diário de Lisboa noticia o primeiro feriado do 1. de Maio celebrado em Portugal.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.