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O Facebook é um mundo. Um mundo reflexo deste mundo onde vivemos, mas um mundo onde a maioria vive do outro lado do espelho, como se no conto de Lewis Carrol.

 

Aderi ao Facebook devido a solicitações várias de amigos e familiares distantes. Nunca apreciei o modelo - não pelo modelo em si mas pela permissividade latente que lhe permitiria tornar-se aquilo que se tornou: um invasor quotidiano.

 

Andei por lá 3 anos mal medidos, e se me chateavam os códigos sociais seguidos pela maioria (a obrigação de responder, de aceitar, de gostar!) mais me chateava a invasão de privacidade - e portanto quase tudo que publicava ficava visível para um grupo muito restrito de conhecidos. Que teve que ser alargado porque, enfim, velhos conhecidos de escola, primos afastados, depois os irmãos dos primeiros e quando dei por mim, de uns saudáveis 50 amigos de interacção facebookiana descobri-me com mais de 1200 "amigos" com quem havia trocado meia-dúzia de palavras na vida fora-do-facebook.

 

Fechei a conta.

 

Não me valeu de nada, porque descobri - fui alertada, na realidade! -  que o Facebook teve umas actualizações quaisquer e eis-me de volta sem o saber; mas esse é outro assunto.

 

Neste 10 de Junho, que é o Dia de Portugal e das Comunidades e da Língua Portuguesa, o que me interessa é recordar os amigos portugueses que, alguns já então e outros agora espalhados pelo mundo, encontrei e reencontrei durante aquela minha breve passagem pelo Facebook.

E para quem escrevi na altura este poema.

Onde estiverem, um beijo abraçado no poema que de novo envio ao vosso enontro até que nos voltemos a encontrar. 

 

AMIGO, OU A DEFINIÇÃO MAIS CARA


“Amigo”
não é a pessoa com quem falamos
ou bebemos uns copos
e até rimos às vezes…
“amigo”
é quem nos ouve,
quem nos sente
“amigo”
é aquele que voa connosco
mas nunca se esquece do lastro que nos prende à terra,
que nos prende a nós.
“amigo”
é uma pessoa cara numa palavra vendida ao desbarato

[Cuidemos de todos cuidando de nós: Etiqueta respiratória. Higiene. Distância física. Calma. Senso. Civismo.]
[há dias de muita inspiração. outros que não. nada como espreitar também os postais anteriores]

Autoria e outros dados (tags, etc)

lançado às 19:21

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.



6 comentários

Sem imagem de perfil

De Não Identificado a 11.06.2018 às 11:48

Não tenho Facebook!
Com os poucos amigos que tenho comunico pessoalmente ou via Whatsapp/mail. Não gosto de expor a minha vida privada online.
Além disso,não acredito em amizades virtuais.....e não gosto daquelas selfies sempre felizes....
Manuela
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De Sarin a 11.06.2018 às 11:53

Somos duas, Manuela!

Embora a minha conta tenha sido reactivada pelo facebook uns 4 ou 5 anos após a apagar... passados uns tempos sobre esta ressureição começou a ouvir-se um zunzum sobre as muitas falhas de segurança do brinquedo do Sr. Zuckerberg... só malta porreira interessada na nossa efémera ligação à felicidade!!!
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De HD a 11.06.2018 às 20:54

É verdade, aquela pressão social é mesmo difícil de aceitar... -.-
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De Sarin a 11.06.2018 às 21:22

Eu não aceitei; e se fui longeva (menos de 3 anos) foi por insistência de "se não for assim nunca falamos" vários... que me irritaram sobremaneira quando começaram a telefonar para saber porque é que eu não respondia aos convites e postais e tentativas de chat! "Olha, vês? Tenho telefone, tens o meu número, tens telefone, sabes marcar e eu até atendo... bye bye facebook!" :D
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De HD a 11.06.2018 às 21:44

"se não for assim nunca falamos"... tão triste -.-
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De Sarin a 11.06.2018 às 21:47

Triste... porque falso! As pessoas não falam por comodismo, porque postar uma foto legendada para ser vista por 200 amigos é considerado "dar notícias"...

[a palavra a quem a quer]




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e uma viagem diferente



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