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Como foi... era tão mas tão novinha que só mais tarde aprendi a letra das músicas que me embalaram.
Mas isto é o que sinto quando penso
25 de Abril,
Revolução dos Cravos,
Liberdade.
Das muitas canções que associo à Resistência, à Guerra, à Revolução, à Liberdade e à Esperança, e são tantas e tão fortes, esta abraça-as a todas.
Passado Presente e Futuro num canto de alegria.
Na voz de quem fez e cantou a Revolução.
Ficou perdida de quase todos. Mas nada lhe falta para ser Hino.
Ao Capitão Duarte Mendes,
Obrigada
Aos Resistentes,
Aos Capitães,
Obrigada, Sempre!
MADRUGADA
de José Luís Tinoco
Dos que morreram sem saber porquê
Dos que teimaram em silêncio e frio
Da força nascida do medo
Da raiva à solta manhã cedo
Fazem-se as margens do meu rio.
Das cicatrizes do meu chão antigo
E da memória do meu sangue em fogo
Da escuridão a abrir em cor
De braço dado e a arma flor
Fazem-se as margens do meu povo
Canta-se a gente que a si mesma se descobre
E acordem luzes arraiais
Canta-se a terra que a si mesma se devolve
Que o canto assim nunca é demais
Em cada veia o sangue espera a vez
Em cada fala se persegue o dia
E assim se aprendem as marés
Assim se cresce e ganha pé
Rompe a canção que não havia
Acordem luzes nos umbrais que a tarde cega
Acordem vozes, arraiais
Cantam despertos na manhã que a noite entrega
Que o canto assim nunca é demais
Cantem marés por essas praias de sargaços
Acordem vozes, arraiais
Corram descalços rente ao cais, abram abraços
Que o canto assim nunca é demais
O canto assim nunca é demais
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