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cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
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31 anos após as manifestações que terminaram em massacre, as autoridades de Macau e de Hong Kong aproveitaram a boleia da pandemia para proibir as manifestações em memória das Vítimas da Praça Tiananmen.
Entre os que por cá rechaçaram, e bem, esta decisão das autoridades locais (?) chinesas encontro vários dos que vituperaram as comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, o que me parece uma manifesta incoerência - aos chineses deveria ser permitido celebrar a data e as vítimas da repressão da ditadura, aos portugueses deveria ser vedado celebrar a data e quem os retirou da ditadura.
"Parece uma manifesta incoerência", escrevi acima. Parece e é, sendo também uma clara demonstração de que os fins políticos lhes justificam os meios cheios de meios critérios.
Sim, eu sei, na China ainda se vive um regime não democrático que desrespeita os mais básicos Direitos Humanos, Macau e Hong Kong resvalando nessa direcção. Mas... em Portugal não vamos resvalando também, com deputados apresentando propostas racistas na casa da democracia e rádios de referência fazendo fóruns sobre tais propostas? Será a Democracia mais valiosa para quem não a tem do que para quem arrisca perdê-la?
Felizmente, a Assembleia da República teve cravos no 25 de Abril. Poucos, como o estado de emergência impunha.
Felizmente, a Praça do Senado (Macau) teve vigília no 4 de Junho. Poucos, mas mais do que o Estado impôs como emergência.
imagem recolhida no Visto de Macau, de onde parti à descoberta do Ponto Final
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