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Imposto Google

por Sarin, em 02.08.19

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França avança com taxa sobre as grandes tecnológicas.

Reino Unido, Itália e Áustria preparam medidas semelhantes.

Trump chama tolo a Macron, diz que se alguém pode taxar as empresas norte-americanas  é o governo norte-americano, e ameaça taxar o vinho francês.

 

E nós? Vamos esfregar as mãos de contentes com a oportunidade de negócio, ou vamos defender o direito de tributar os serviços onde estes efectivamente se produzem, no cliente, pressionando a Alemanha, a Irlanda e outros países europeus que albergam filiais destas empresas  rumo a uma nova discussão da matéria?Espanha já discutiu e chumbou um projecto, duvido que se fique por aí.

De caminho, ao enfileirarmos com estes europeus, mostramos a Trump que o Reino Unido não são favas contadas, que as taxas não são um exclusivo seu sobre os seus parceiros, e que os argumentos que servem para uns podem perfeitamente servir para outros. Talvez comece a ver que a política externa não é apenas rasgar acordos e que o método da vara e da cenoura nem sempre resulta a favor do dono.

[Cuidemos de todos cuidando de nós: Etiqueta respiratória. Higiene. Distância física. Calma. Senso. Civismo.]
[há dias de muita inspiração. outros que não. nada como espreitar também os postais anteriores]

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lançado às 18:06

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.



17 comentários

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De José Pacheco a 02.08.2019 às 18:45

Devemos fazer o mesmo e para todas as empresas, porque há  opara aí is xicos espertos que, para fugir, deslocaram as sedes para outras bandas. Esse xico espertisse só funciona por governantes venais que se escusavam a tomar as medidas necessárias, por várias vozes reclamadas, com a desculpa de que seriam medidas a tomar ao nível da UE. Certamente, é desejável que assim seja, mas enquanto a UE não se decide nada impede que cada país avance, exatamente como acaba de argumentar a França. 
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De Sarin a 02.08.2019 às 18:51

Plenamente de acordo! Propositadamente falo em "defender o direito de taxar os serviços onde estes são prestados" - é para as tecnológicas e é para tudo.


O problema é que, não sendo a nível comunitário, vão continuar os desequilíbrios (retaliação: não investem na fixação)... mas ou temos princípios ou não temos!
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De Maria a 02.08.2019 às 19:04

Espero que seja norma para toda a UE.
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De Sarin a 02.08.2019 às 19:09

Querias? Também eu! Mas a Alemanha e a Irlanda têm filiais que actuam no resto da Europa e não lhes apetece largar o filão - votaram e votam Não!
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De Maria a 02.08.2019 às 20:09

Pois. A poderosa Alemanha!  
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De Sarin a 02.08.2019 às 20:18

Exacto!
Que, no recente caso do Estreito de Ormuz deu uma excelente lição a Trump. Ou no caso dos migrantes. No raio dos negócios é que...
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De Maria a 02.08.2019 às 20:22

No raio dos negócios não dá jeito. 
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De Sarin a 02.08.2019 às 20:23

Isso!
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De Ricardo Nobre a 02.08.2019 às 19:08

Quando compro um livro na Amazon estou a pagar I.V.A. a não sei quem: não consigo colocar essa despesa no e-factura. Mas alguém recebeu o dinheiro do imposto. O que (me parece que) acontece é que a economia global não está ajustada à economia de um estado independente. Desculpe a autobiografia, mas é um exemplo paradigmático, como agora se diz:
A última encomenda que fiz na Amazon (espanhola, que não cobra impostos para Portugal), composta por três itens, saiu, segundo o percurso consultado na localização das caixas, do Reino Unido, de Itália e de França (coincidindo praticamente com a origem das editoras de cada uma das obras). Isso quer dizer que paguei o I.V.A. a esses países ou ao Luxemburgo ou à Holanda? Não terei pagado aos E.U.A. porque o que paguei foi um valor da União Europeia (dois itens, pelo preço, ficariam retidos na alfândega para eu lá ir pagar o  I.V.A., se tivessem vindo de fora da Europa). Se isto está legislado, muito bem, mas o consumidor não acede a essa informação.
Podíamos, já agora, falar do trabalho precário de cada um dos «colaboradores» que nesses três países fizeram para eu receber os livros, no trabalho precário da assistente espanhola que me ligou por causa de um problema com uma encomenda. E ainda do estafeta da DHL que percorreu metade do país para me entregar um dicionário etimológico de grego antigo, menos de três horas depois de ter aterrado em Lisboa (segundo informação de registo das passagens do produto nos diversos pontos).
Enfim, talvez fosse preciso perceber como trabalham essas empresas e esforçarmo-nos (digo, os políticos que nos representam) para que elas paguem os impostos que beneficiem os países onde geram riqueza ou prestam serviços, nem que seja o estafeta (os CTT deixaram de fazer entregas da Amazon, tal deve ter sido a quantidade de reclamações recebidas, muitas delas minhas), que por sua vez também trabalha para uma empresa multinacional…
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De Sarin a 02.08.2019 às 19:20

A Irlanda e a Alemanha representam (têm filiais) algumas das gigantes na Europa. Não lhes interessam a taxas no país da prestação, que é o país de entrega, do serviço.
 O IVA é pago no país ao qual compra, não no país onde compra.
Por isso urgir urdir uma política fiscal comum. Porque estamos em concorrência desleal na própria UE.


A precariedade é mais profunda do que as tecnológicas, infelizmente.
Defendo que a rotulagem e as fichas técnicas de produtos e serviços devem incluir a cadeia de valor (sabermos a origem e o fluxo dos produtos) e os impostos a que estão sujeitos. Por uma questão escolher com conhecimento, e por uma questão de escrutínio. (Tenho por aí postais e comentários onde digo isto, um destes dias publico um postal que os concatene).
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De HD a 02.08.2019 às 21:21

Taxa a taxinha, vão todos enchendo a saquinha... (de cor à escolha do freguês!)
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De Sarin a 02.08.2019 às 21:33

Eu sou a favor das taxas para fins específicos - financiamento de actividades ligadas ao serviço ou produto taxado. Já o disse sobre o açúcar e o sal (reversão para o SNS), sobre a taxa de audiovisual (financiamento dos serviços públicos de informação, com corte no orçamento directo dos mesmos)...
No caso, é mesmo uma questão de princípio: os impostos devem ser pagos no país onde é recebida a prestação do serviço, independentemente de onde tenha origem. Era ver as deslocalizações por questões tributárias a serem repensadas :)))
Ser taxa não me parece lógico, defendo imposto porque não haverá serviço de contrapartida, ie, a menos que parte seja imposto e parte seja taxa para financiar a wi fi gratuita e segura no país (mas nesse caso a taxa incidiria não apenas sobre as tecnológicas mas sobre qualquer empresa a operar na rede pelo facto de usar a rede).
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De HD a 02.08.2019 às 21:39

A Wi Fi gratuita... é o plano a mais longo prazo que ouço falar!
Ainda antes de haver internet hehe
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De Sarin a 02.08.2019 às 21:43

Já tens várias autarquias a trabalhar nisso!
Claro que têm um coadjuvante: a malta que tem dois dedos de testa percebe que só deve aceder a wi fi gratuita com equipamentos que não sirvam para absolutamente mais nada que não ver filmes, jogar e navegar, portanto os autarcas safam-se porque o tráfego não congestiona :D
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De José da Xã a 03.08.2019 às 00:22

Sarin,


percebo a ideia. Mas tudo isto pode tornar-se numa imensa bola de neve.
Com consequências impensáveis.
Todavia por outro lado acho que SIlicon Valey ficaria em muitos maus lençóis com a aplicação destas taxas.
Aguardemos!
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De Sarin a 03.08.2019 às 00:47

A bola de neve já está a rolar, José, é uma questão de decidirmos rolar com ela ou fazermos parte da barreira.


Por princípio, defendo o pagamento de impostos onde o produto ou serviço é consumido pois é aí que termina a cadeia de valor. Mas olha lá se o Trump não taxa tudo e todos mas depois reclama que só eles podem taxar empresas americanas - aliás, é por isso que não ratificam Declarações dos Direitos do Homem ou da Criança, que não alinham no Tribunal Penal Internacional e etc: porque só norte-americanos devem poder julgar norte-americanos.
Esta tentativa de ingerência no julgamento do rapper (o meu posta do tricórnio) resulta única e exclusivamente deste princípio norte-americano, alguém lhe sussurrou qualquer coisa sobre a Constituição, e toma lá um tuíter a falar com pena do preto (uso intencionalmente esta palavra).
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De Sarin a 08.08.2019 às 03:31

A todos os que NÃO me avisaram - que foram todos os que leram o postal! - o meu DESOBRIGADO: então eu tinha escrito Irelanda, e vocês nada?! 


Mas pronto, já está corrigido.

[a palavra a quem a quer]




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