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Imagem de A.J. Bayes, 1889
Apenas uma caixa de fósforos, e a consoada a tanger-lhe a fome, a noite vestindo indistinta o xaile puído e os pés frios e sujos... vender o quê a quem, se naquela terra a fortuna se via nos sóis contados?
Lembrou-se da história que ouvira alguém contar, qualquer coisa sobre uma menina que queimava fósforos para se aquecer e que adormecia embalada pela avó.
Tentaria: o frio ser-lhe-ia ainda companhia, mas a luz traria a memória de ser gente.
Sentiu-se nascer, o sorriso resvalando na quase nenhuma claridade. Não demorou um fósforo a ser baleado.
Abracem os vossos, com os braços com a vista com a alma.
Celebrem os que estão, recordem os que longe e os que não voltam.
E durmam em paz. O mundo estará igual dia 26. Estejamos nós mais cheios de calor.
Feliz Natal
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