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European pie, a última vez?

por Sarin, em 27.05.19

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São 2h30. Pelas BBC World e Deutsche Welle sei que os nacionalistas ganharam em França, em Itália, na Hungria e na Bélgica... e no Reino Unido, se entendermos que o Brexit também o é.

Por toda a Europa, liberais e populistas saíram vencedores, como adivinhava mas temia. Não tanto pelos liberais, geralmente moderados, mas pelos outros. E se os partidos ambientalistas também ganharam força, desconfio que de pouco lhes valerá tal vitória, sabendo os liberais essencialmente liberais na economia e os populistas o que mais conveniente lhes for em cada momento - e isto apesar das Thunberg deste mundo...

Como se numa jangada distinta, na Península Ibérica demos aos socialistas a maior fatia, parecendo nisto confirmarmos as políticas dos partidos no governo em ambos os lados da raia, nesta feita assim esbatida. Mas enquanto em Espanha a extrema-direita acompanha a romaria, por cá a direita perdeu-se de si e dos eleitores - e dos partidos sem assento parlamentar não rezará a história destas eleições.

 

Conhecedora destes vagos resultados, tento aprofundar o que aconteceu, saber o que mudou onde e como.

No Sapo fala-se de Portugal, da vitória do PS que não vê problema numa abstenção de 68,8%, fala-se da vitória do BE e do PAN que, tudo indica, elegem mais um deputado do que anteriormente, fala-se da derrota de todos os outros. E fala-se, muito, de como estes resultados se traduzirão nas legislativas.

Nos canais televisivos nacionais, apenas a RTP3 e a TVI ainda vão falando, autopsiando os resultados internos e as suas influências nas legislativas, políticos e analistas e jornalistas nesta abordagem unânimes.

E, perante este isto, pergunto-me se reduzir as europeias a uma discussão de contestação ou validação do governo não será, também,  uma forma de nacionalismo.

Um nacionalismo bisonho e mesquinho que, tão sem consciência de si, fala de vitórias e derrotas partidárias perante a alienação de quase 70% do eleitorado. Um nacionalismo ignaro que rejubila ou se lamenta pelos resultados internos, enquanto a Europa se reconfigura numa manta de retalhos hoje provadamente esgarçados.

Enfim, um nacionalismozinho que não passa de clubismo tão próprio de quem não vê mais nem sente melhor. Apropriado, portanto, à mensagem das eleições de hoje: os portugueses estão totalmente disponíveis para serem conduzidos ao que na Europa se prepara.

Depois guinchemos.

 

 

imagem recolhida no portal dos animais

[Cuidemos de todos cuidando de nós: Etiqueta respiratória. Higiene. Distância física. Calma. Senso. Civismo.]
[há dias de muita inspiração. outros que não. nada como espreitar também os postais anteriores]

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lançado às 05:10

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.



1 comentário

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De Luísa de Sousa a 27.05.2019 às 18:23

Muito preocupante o nº elevado de portugueses que não votaram!!!
Não compreendo!!!
Quase 70% do eleitorado!
Isto tem de ser tudo revisto!

[a palavra a quem a quer]:

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