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Um breve apontamento sobre escrevedores de notícias
Teria sido mais interessante se tivessem publicado o discurso que deu origem a uma das notícias que li hoje, especialmente o trecho onde, segundo o escrevedor que garatujou a coisa, Francisco "acusa[ndo] a indústria pornográfica de ser o “espírito do mal”."
Nas citações apresentadas, Francisco diz que a indústria da pornografia é ”degenerativa em relação ao nível onde Deus colocou a sexualidade”. Apenas isto: que a sexualidade na indústria da pornografia nada tem a ver com a sexualidade pretendida pelo seu deus, Deus.
Diz também, segundo o mesmo jornal, que "o ”espírito do mal”" ataca a sexualidade - sendo esse ”espírito do mal” a ”mundanidade”, segundo outra citação na notícia. Mundanidade, ou o oposto da espiritualidade. Que incluirá a indústria da pornografia, conforme se depreende pela classificação de degeneração; mas nada indica que Francisco entenda ou tenha dito que a mundanidade, ou ”espírito do mal”, se restrinja a esta indústria. Portanto, em bom rigor, deveria o desconhecido autor da peça ter usado um artigo indefinido em lugar de um artigo definido: um ”espírito do mal”, e não "o ”espírito do mal”". Porque o texto não é de opinião e gira em volta de citações.
Seria muito bom que quem escreve notícias soubesse português e tivesse capacidade de interpretação.
Que não truncasse factos seria excelente!
Que não deturpasse o sentido nem incluísse juízos de valor já seria pedir demasiado, talvez?!
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