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cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
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Já escrevi e apaguei várias frases introdutórias... como falar com aqueles que têm visitado o blogue e não me encontram, e ainda assim voltam? Como agradecer esse voto de confiança, essa manifestação de interesse?
Tive saudades. Ou talvez tenha sofrido a ausência, tantas foram as ânsias de navegar o blogosfério e tão fortes senti as correntes de escrita... Cheguei mesmo a ponderar a revolta: pedir que me lessem o que por aí se escrevia, que escrevessem o que eu alinhava. Mas... há uma intimidade natural entre os meus dedos e o teclado, entre os meus olhos e o texto - e preferi a escuridão à semi-luz lançada por terceiros. Esta é uma relação só nossa, minha - mesmo que o corpo me falhe por vezes. Não troco.
Sei que andarei um pouco à deriva, as palavras entarameladas nos dedos e as ideias enrodilhadas no tanto que aconteceu entretanto... não sei se conseguirei escrever postais sobre o mundo que ardeu em Paris, o deus que morreu entre a Nova Zelândia e o Sri Lanka, a esperança que teima em não morrer em Moçambique, o inferno que vai deflagrando em quase todas as esquinas tendo como combustível qualquer coisa como comburente a intolerância-idiotia-prepotência nós as cinzas. A seu tempo abrirei algumas destas feridas, mas não agora. Agora vou tentar lançar o barco e deixar as ideias vogar a maré e a espuma.
A quem me continua a acompanhar, obrigada.
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