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Assim se talk em português

Ou: modernaço e bué fatela

por Sarin, em 27.03.20

As línguas são dinâmicas. Importar e adoptar vocábulos quando não existe tradução é natural.

Usar estrangeirismos quando existem vocábulos análogos na nossa língua é, apenas, tratar mal a Língua Portuguesa, enquanto se arvoram manias de grande mundividência. Armar-se aos cágados, portanto.

Não, não é adaptação a exigências de mercado nem tentativa de internacionalização.

Não, nenhum dos termos faz parte de um jargão técnico.

Não, não é moda nova, que no início do séc. XX bonito e moderno era recorrer a galicismos.

Não. É, apenas, falta de exigência, falta de brio. E, talvez, falta de literatura portuguesa.

 

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[Cuidemos de todos cuidando de nós: Etiqueta respiratória. Higiene. Distância física. Calma. Senso. Civismo.]
[há dias de muita inspiração. outros que não. nada como espreitar também os postais anteriores]

Autoria e outros dados (tags, etc)

lançado às 08:10

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.



13 comentários

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De Rui Pereira a 27.03.2020 às 16:07

Detesto.
O nosso léxico deve estar a ficar curto!
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De Sarin a 27.03.2020 às 18:57

O nosso, não - nitidamente, não usamos o mesmo que eles...
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De Ricardo Nobre a 27.03.2020 às 18:19

Como deve imaginar, Sarin, estou consigo. Agora leio isso como falta de pensamento. Há qualquer coisa na cadeia neurológica dessas pessoas que não permite pensar e escrever na língua em que falam. Parecem aqueles emigrantes (a quem desculpamos por diversos motivos) que desaprendem a língua materna. Como consequência, criam um mito de que o português é pobre e pouco expressivo. Como diria o senhor primeiro-ministro, «repugnante» (espero que venha a ser a palavra do ano — e com isto respondi ao seu outro texto).
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De Sarin a 27.03.2020 às 18:50

Como muito bem diz, aos emigrantes desculpamos por diversos motivos. Estes... talvez seja a questão neurológica, mas para mim, leiga, é mesmo falta de literatura - ou problema de floricultura, cultivam Margaridas e não percebem nada de Saramagos, Torgas, Queiroz, Carvalhos, e outras plantas que surgem por Campos e Quentais...
Respondeu muito bem! Quero dizer, partindo do princípio que não utilizou a palavra da década para classificar o meu pequenino postal.
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De Sarin a 29.03.2020 às 00:38

Ricardo, desculpe, mas ali conversa com a /i. surgiu-me agora, agorinha mesmo, uma questão: conhece a expressão "pôr tudo num pandã"? É muito usada aqui na zona, mas não recordo de alguma vez a ter lido, e ao procurar em vários dicionários remetem-me ou para o panda (e até para os Caricas!) ou para o pendant... e, por muita que seja a confusão causada, não consta que alguém coma rebentos de bambu.
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De José da Xã a 27.03.2020 às 19:11

Há muito que luto contra este tipo de língua.
Até gostaria de traduzir a palavra blog.
A ver se arranjamos os dois uma...
Cuida-te.
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De Sarin a 27.03.2020 às 19:38

Isto não é uma língua, é uma patetice...
Uso a forma portuguesa de blog, blogue. É um neologismo, tal como aquilo a que se refere é um novo conceito (tem 20 anos, é velho para nós, mas na história da linguística é embrião), e não sei se conseguiremos - mas aceito o desafio :)
Beijocas, cuida-te
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De cheia a 27.03.2020 às 22:22

 Já evoluímos um pouco, porque antigamente tudo o que era estrangeiro, é que era bom. Hoje, já escolhemos, fabricado em Portugal.
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De Sarin a 29.03.2020 às 00:22

Alguns já escolhem fabricado em Portugal, sim, felizmente. Mas depois maltratam a nossa Língua Portuguesa, como se esta não tivesse importância... :(
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De /i. a 28.03.2020 às 19:19

Ó querida Sarin  então não seja vintage!  
Deixe lá a rapaziada usar as palavras que os transformam em intelectuais "chiques a valer". Coitados muitos nem sabem bem o quer dizer aquilo, mas dizem, escrevem... Fica logo outra louça. 
Sarin, diga-me lá se não fica pirosa a frase: o Marcelo tirou manhá para tirar auto-retratos com os portugueses.  Selfies dá outro élan 
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De Sarin a 29.03.2020 às 00:33

Ai, chérie, antes vintage que velha do restelo, que isso de velho, sei lá, é tão demodé, e não me venha a menina dar um boost no mood que eu estou aqui very fine no meu spot, tá bem?!
É a diferença entre "fazer pendant" e "pôr tudo num pandã" :D:D:D:D


nota: nunca encontrei a expressão "pôr tudo num pandã" escrita, mas é muito usada aqui na zona para referir algo que causou rebuliço - exactamente o contrário do galicismo pendant, o que torna a coisa ainda mais cómica :D
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De /i. a 29.03.2020 às 13:56

 

(Não é grande momento para nos rirmos... Com o vírus a afundar o país... Mas também quando estamos tranquilas que fazemos a nossa parte, podemos brinacar um pouco.)


Eu até utilizo essa expressão oralmente, ouvia muito das pessoas mais velhas... E acho piada. 
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De Sarin a 30.03.2020 às 19:02

Rir faz bem, e há situações cómicas mesmo em tempos de tristeza ;))

[a palavra a quem a quer]




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e uma viagem diferente



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