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Desde há algum tempo que tenho este postal mentalmente rascunhado. Nasceu pela eutanásia mas, e nem de propósito, será dado à luz pelo COVID-19.

 

Defendo uma democracia muito mais participativa, e defendo-o há muito e de muitas formas. As nossas elites políticas, que de elites pouco terão mais do que a imunidade e a impunidade, são incapazes de ouvir os eleitores e, pior, são incapazes de falar claramente com os eleitores, de ver os eleitores, de sentir os eleitores. Excluo, obviamente, os homens-espectáculo nados e criados nas televisões, para quem os eleitores são o pão-nosso que, mastigado, os modela. E, destes, excluo o omnipresente Marcelo, pois que nasceu modelado.

Voltando à nossa democracia, entendo que os cidadãos podem e devem ter mais participação directa nas decisões governativas, nomeadamente nas adesões a tratados internacionais, nas eleições de órgãos reguladores e outras cúpulas, e nas definições das políticas gerais. Não são necessárias competências específicas para se ser deputado pelo mesmo motivo de não serem necessárias competências específicas para se ser cidadão - e defendo que todos temos o direito de decidir quem governa o quê.

 

No entanto, há decisões que requerem competências específicas. Há matérias que requerem conhecimento técnico, que não são questão de querer e, muito menos, de crer. A Saúde Pública é uma delas.

Quando na AR se resolveram a aprovar a inclusão de algumas vacinas no Plano Nacional de Vacinação contra a opinião da DGS, respinguei e resmunguei com tal usurpação de funções, embora ainda percebesse o objectivo da manobra - poupar custos a muitas famílias. Mas pais e professores fazerem petições pelo encerramento de escolas porque têm receio? Então mas as crianças e jovens, enquanto grupo etário, não são os mais resistentes? E os casos de risco de exposição não estão sob vigilância? E a DGS não está a acompanhar o mapa evolutivo? Mas estamos doidos?! Já agora, quem fica com os petizes - os avós, muitos dos quais na faixa etária de maior risco? Tenham juízo e atentem nas medidas de higiene - a Alice Alfazema deixou pistas bem-humoradas -, tenham decência e cumpram as regras de auto-isolamento se suspeitarem de risco de exposição, tenham calma e deixem as questões técnicas aos técnicos de saúde - que não estão nem nas associações de pais nem na Assembleia da República!

 

Da mesma forma que há decisões que apenas devem ser tomadas por técnicos, há outras que não deveriam incumbir a ninguém que não o próprio. Refiro-me a todas as questões do exclusivo foro individual e, especificamente, à eutanásia. Sim, sei que ninguém é uma ilha e que a minha vida e a minha morte têm ramificações nas vidas de outros. Mas continuam a ser a minha vida e a minha morte, e as opções que tomo são da minha responsabilidade. Ninguém tem o direito de me impor se devo viver ou morrer - nem sequer os tais médicos que eventualmente farão parte das estapafúrdias comissões de avaliação, das quais falarei noutro postal. E muito menos esse direito terão o meu vizinho e o tasqueiro da rua de baixo, pessoas simpáticas e esclarecidas mas às quais não reconheço qualquer poder de decisão na minha vida privada. Ou na minha privada morte.

Há matérias que, pura e simplesmente, não são referendáveis. A eutanásia* e o aborto, por exemplo, porque apenas dizem respeito à vida do próprio**, ou a escravatura e a pena de morte, porque dizem respeito à vida de terceiros assim gerida por segundos. No fundo, a mesma questão.

 

Não quis entrar em grandes discussões sobre as matérias peticionadas, não era objectivo do postal. Mas queria deixar bem patente o meu repúdio por estas manifestações de democracia participativa, que considero completamente desajustadas.

 

Descubram os chapéus que podem usar, gentes destas petições, porque chapéus há muitos... mas estes não me parecem assentar-vos bem.

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* Voltarei à Eutanásia, assim o havia dito à MJP e ainda tenciono cumprir.

** Antes de me atirarem o conceito de "valor da vida humana desde a concepção", que fique claro que apenas reconheço como Ser os fetos viáveis em incubadora, por muito que acarinhe os embriões e os fetos em desenvolvimento. Mas sem órgãos vitais não passa de projecto, e a incubadora humana é que decide se é incubadora ou mãe. Não é questão de fé, é matéria de facto.

[Cuidemos de todos cuidando de nós: Etiqueta respiratória. Higiene. Distância física. Calma. Senso. Civismo.]
[há dias de muita inspiração. outros que não. nada como espreitar também os postais anteriores]

Autoria e outros dados (tags, etc)

lançado às 19:05

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.



37 comentários

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De MJP a 10.03.2020 às 19:35

Olá, Sarin! :)
Partilho da tua opinião quanto às matérias não referendáveis!
Beijos**
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De Sarin a 10.03.2020 às 19:44

E presumo que não estejas de acordo sobre a petição para o encerramento das escolas :))

Beijocas, MJP, e até já - suponho que ainda falaremos hoje, pois tenho umas visitas a fazer e uns comentários a responder ;)


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De MJP a 10.03.2020 às 19:56

Pois... quanto ao encerramento das escolas... só penso no que acontecerá às crianças...
(acabei de ver uma reportagem num canal de tv espanhol que mostrava os parques cheios de crianças, acompanhadas pelos avós (idosos) porque as escolas estavam encerradas e os pais a trabalhar... enfim...)
Beijos**
 
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De Sarin a 10.03.2020 às 19:55

No comentário ao teu postal sobre a eutanásia havia dito que os referendos não me repugnam, face ao pouco esclarecidos que são tantos deputados - e era sobre isso mesmo que falava, sobre referendos vs decisões em AR. As matérias que considero não referendáveis são, também, matérias não legisláveis - apenas reguláveis quanto à execução. 
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De cheia a 10.03.2020 às 20:29

Não percebo, quem é que a vai obrigar a morrer? Segundo a lei, só o próprio pode pedir a eutanásia.
Estou de acordo com o fecho das escolas e de tudo o que não seja imprescindível.
Para grandes males, grandes remédios. 
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De Sarin a 10.03.2020 às 20:52

Olá, caro cheia. Ninguém me obrigará a morrer, pelo menos não com a eutanásia :) mas há muitos que me querem obrigar a viver caso eu queira morrer, e não lhes reconheço tal direito. Voltarei a falar sobre a eutanásia, além do que já falei em 2018. Hoje quis deixar claro que, sendo por uma democracia mais participativa, sou contra referendos em tais matérias tal como sou contra decisões técnicas toadas por não técnicos.




Sobre o encerramento das escolas,
1. Quem tomará conta das crianças serão os familiares mais disponíveis, geralmente avós - que, a partir dos 65 anos, integram o grupo de maior risco.
2. Com este sol, tenderão a frequentar espaços de brincadeiras comuns, parques infantis e jardins - nas escolas estão sob vigilância e exposição controlada, nos parques quem controla? Como se rastreia a exposição no caso de detectado um infectado?
3. As crianças e adolescentes são, segundo os dados, os menos infectados e os mais resistentes.
4. A DGS está articulada com outros serviços e organismos para aplicar planos de contenção sempre e assim que detectadas exposições. Está a funcionar. 
O remédio preconizado por estes peticionários é venenoso.
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De Luísa de Sousa a 10.03.2020 às 21:05

Gosto tanto de te ler Sara!!!
Cada parágrafo, cada frase, cada palavra uma mais certeira que a outra!!
Escrito de forma clara, assertiva e objectiva.
Fazes-me reflectir!
Grata!
Beijinhos
Boa Noite
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De Sarin a 10.03.2020 às 21:40

Olá, Luísa :)
Reclectir é algo que temos mesmo de fazer - cada uma de nós vai fazendo reflectir sobre temas que nos são caros e, reflectindo, vamos discutindo mais claramente.
É um prazer visitar-te e ser por ti visitada :)
Beijocas, Luísa
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De Maria Araújo a 10.03.2020 às 21:28

"Mas continuam a ser a minha vida e a minha morte, e as opções que tomo são da minha responsabilidade"

Uma excelente afirmação.

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De Sarin a 10.03.2020 às 21:42

Olá, Maria :)
Uma frase tão simples e há tanta gente com dificuldade para a entender - a petição já passou 78000 assinaturas...
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De Maria Araújo a 10.03.2020 às 23:18


Saltei o link da Petição.
Se os pais e professores querem que as escolas fechem, quem vai ficar com elas em casa?
Os avós,os mais vulneráveis?
Mentes inteligentes.
Vai-se ao exagero de tudo.
Precaução,sim, mas medo e pânico,não.
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De Sarin a 10.03.2020 às 23:36

É mesmo essa a ideia, Maria: quem vai ficar com eles e em que condições? Como controlarão as crianças levadas a parques e jardins, os contactos sem controlo com outras crianças e adultos, o rastreio de tanta gente desconhecida confluindo em zonas não vigiadas pela autoridades sanitárias? Ou querem a criançada presa em casa em dias de sol?! veja-se o que se passou estes dois dias em Espanha, e perceber-se-á o que se passará pro aqui.
É o que dá não técnicos quererem sobrepor-se a opiniões técnicas... compreendo os receios, mas apenas os compreendo numa reacção inicial, não numa decisão ponderada como uma petição :s
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De júlio farinha a 10.03.2020 às 22:24

Sarin, não estou totalmente de acordo contigo sobre a democracia participativa. Já o mesmo não se passa com as petições e referendos. Estes últimos assentam na opinião e, como diziam Platão e Descartes, o senso comum não valida nada. O povo, "desculpem" os populistas, não tem autoridade - porque lhe falta a sabedoria  para julgar.
Quanto à chamada democracia participativa de estatuto um pouco mais elevado, que no seu estado actual é primo da também chamada democracia representativa, ela pode ser entendida como a precursora da democracia directa, que é aquela que defendo. Mas esta, no seu actual modo de participação, pouco real se nos apresenta. A democracia directa deve assentar no princípio da correspondência entre cada voto pessoal e uma consciência esclarecida. Um povo semianalfabeto ou alienado não está em condições de dirigir ou fazer parte do poder. Ora, a democracia directa assenta no pressuposto de "a cada um segundo as suas necessidades, a cada um segundo as suas possibilidades" (K. Marx). 
Quanto aos teus restantes pressupostos e opiniões, bato-lhes palmas. Soberbo!
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De Sarin a 10.03.2020 às 23:50

Eu gostaria da democracia directa, Júlio, mas sou pragmática e defendo o possível perante os recursos que temos. Não é possível uma democracia directa perante a iliteracia funcional e a supremacia do senso comum sobre as ciências, da emoção sobre a racionalidade. Portanto, representativa, sim, e mais participativa, muito mais participativa, que isto que temos é apenas democracia na separação de poderes e nos pilares que a sustentam, do povo um arremedo, um remendo - e também por sua opção. Ou inércia.


Obrigada pelas tuas amáveis palavras, Júlio. Tento emitir opiniões sustentadas, claras e fáceis de ler - se o consigo, óptimo, e se isso as torna soberbas, aceito o adjectivo :)  Aceitaria de qualquer forma, quem por aqui adjectiva tem o direito e a liberdade de se exprimir como desejar, e vindo por bem tem mais espaço ainda :)
Beijocas e boa noite.
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De Não Identificado a 11.03.2020 às 08:19

Concordo contigo, Sarin. Oxalá a educação, a aprendizagem colectiva, e o progresso das mentalidades nos permita, um dia, elevar a
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De Não Identificado a 11.03.2020 às 08:25

Concordo contigo, Sarin. Oxalá a educação, a aprendizagem colectiva e o progresso das mentalidades nos permita, um dia, elevar a consciência até um patamar em que se possa pensar e ajuizar bem. Teremos então uma participação de todos segundo as suas possibilidades e segundo as suas vontades. Beijos.
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De Sarin a 11.03.2020 às 09:00

Muito trabalho para as próximas gerações: da alegria pela conquista do direito de aprender chegámos, em poucos anos, ao desinteresse pelo perceber, e a excessiva informação, aliada à desinformação propositada, dificulta o diálogo, o debate.
Talvez um dia, entre pulos e avanços :)
Beijos


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De /i. a 11.03.2020 às 13:52

E a história das viagens de finalistas. Estão à espera que o governo decrete a proibição (lá no fundo gostam de certas probições á la Coreia do Norte), porque certos pais não querem contrariar os filhos. E eu pergunto para qque servem as associações de pais, estudantes e o conselho pedagógico? Não podiam reunir e decidirem adiar a viagem para o final do ano lectivo, depois dos exames nacionais? As escolas exigem autonomia e nem conseguem ter a iniciativa de marcar reuniões para resolver esta questão? 
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De Sarin a 11.03.2020 às 14:11

Não falei especificamente das viagens de finalistas pois havia acabado de deixar um comentário sobre a matéria num blogue - e sabes que nem mesmo entre blogues gosto de repetir temas e argumentos. Mas por ser para ti, 
https://a3face.blogs.sapo.pt/e-as-viagens-de-finalistas-314008



Devo dizer-te, caso não a conheças, que a autora costuma ser ponderada, independentemente da imagem que este texto possa suscitar.
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De /i. a 11.03.2020 às 17:20

Conheço o blogue. E escusado será dizer que concordo com o teus comentários feitos lá. Quando estão em jogo medos, emoções esperamos que o estado/governo  tome decisão para nos livrar do dilema e da incompreensão no seio familiar! 


[Olha eu vou lavar o terraço porque o vizinho resolveu mandar lavar a fachada da casa com aquelas maquinetas de pressão ... Escusado será dizer que chego a casa e deparo-me com água, cafelo (pedaços de tinta solta) e sujidade que salta a decorar o terraço limpo.  Deviam proibir esssas lavagens exteriores: gastam água, sujam as casas alheias e parece que tudo normal.]
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De Sarin a 12.03.2020 às 01:44

Exactamente... e a racionalidade esvai-se num ápice.


[o teu exemplo, por acaso, tem resposta: o vizinho é responsável por danos causados a terceiros no decurso de obras de que seja o dono, e é também responsável pela limpeza e remoção de escombros dessa obra :)))
Mas sim, é exactamente essa a ideia: pedir ao Estado intervenções à medida de cada um]
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De /i. a 12.03.2020 às 13:57

Exactamente.


[Sim. Mas para me sujar ainda mais, sou esquisita na lumpeza... Só o avisei. Obviamente que não se disponibilizou para limpar. Há mais marés do que marinheiros. Já não tenho paciência para este vizinho. Quando algo mais grave acontecer... Lá terá de levar com um processo.]
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De Sarin a 12.03.2020 às 14:45

Só agora percebi que não foi apenas exemplo mas também desabafo... :/
É triste quando se chega a tribunal; não consegues com explicações e denúncia à GNR? Boa sorte!
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De /i. a 12.03.2020 às 15:06

Aconteceu mesmo. Evito ao máximo estas cpisas irem para tribunal. Porque isso é um desgaste enorme... Já passei por outras situações e depois com seguro à mistura...
vou é rir-me quando aparecer a conta da água e depois vem o serviço das águas da câmara dizer que não há problema nenhum no contador. E se gastou tem de pagar. Porque faz sempre essa fita... Gasta água a lavar carro e a regar as flores e laranjeiras e volta e meia lá vem o senhor das águas ver o contador. Já nem o podem ver...
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De Existe um Olhar a 11.03.2020 às 14:43

Tanto haveria a dizer sobre o que escreveste, mas retive dois assuntos importantes para mim, eutanásia e aborto, estes são temas não referendáveis.
Gostei muito de te ler.
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De Sarin a 12.03.2020 às 01:36

Tenho algumas coisas sobre os temas aborto e eutanásia espalhos aqui pelo burgo, mas no postal quis mesmo abordar esta mania das petições guiadas pela vontade e não pela razão.
Obrigada pela visita :)
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De Sarin a 12.03.2020 às 01:38

*espalhados


E sobre a democracia também, acrescento. São-me assuntos recorrentes.
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De HD a 11.03.2020 às 20:49

Resmungar sim, espirrar não ;-p
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De Sarin a 11.03.2020 às 21:26

Os meus espirros são muito privados :))))
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De O ultimo fecha a porta a 11.03.2020 às 22:37

Nesta questão do virus, acho que temos de ser individualmente responsáveis por nós e pelos outros. 
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De Sarin a 11.03.2020 às 22:43

Concordo.
Mas esta coisa de fechar por receio... os técnicos são técnicos não por terem um nome pomposo mas por perceberem da técnica - e gente receosa e sem treino nunca deu bons generais :)
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De O ultimo fecha a porta a 11.03.2020 às 22:54

Nestas coisas mais vale prevenir que remediar, embora nalguns acasos acho exagerado! Acho que a postura de Donald Trump é de evitar por exemplo que ignorou o problema e só agora com sondagens desfavoráveis é que acordou. é tudo tão inédito que todos os cuidados são justificáveis. Ainda assim acho que não devemos ser alarmistas.
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De Sarin a 11.03.2020 às 23:04

Exacto, não devemos ser alarmistas. Os cuidados devem ser definidos pelos técnicos, e insisto neste ponto - não se pode fechar um país por receio. As avaliações de risco existem exactamente para definir linhas de acção. Senão, porquê fechar apenas as escolas e não fechar os centros de dia para idosos? Estes é que estão na faixa etária de risco! E porque não fechar tudo? Não, todo o cuidado é pouco, mas o excesso de zelo é nefasto
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De O ultimo fecha a porta a 11.03.2020 às 23:06

Concordo. Só assinalo que a questão dos centros de dia de idosos é um pouco tricky porque as famílias podem não estar em casa para lhes darem os cuidados necessários. Cabe tbm às famílias essa avaliação.
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De Sarin a 11.03.2020 às 23:12

E quem achas que irá tomar conta de grande parte das crianças, se fecharem as escolas sem apoio aos pais? E quem pagará às empresas cujos funcionários forem para casa tomar conta de crianças que estariam bem na escola? E se pagarem aos pais apenas metade do ordenado, não se organizarão os pais para gerirem mini-creches em dias alternados para que apenas faltem alguns dias? E? E? E?
Confio nos técnicos epidemiologistas.
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De Maria a 12.03.2020 às 13:47

Um postal excelente e oportuno!
Plenamente de acordo com a tua opiniao sobre  a eutanásia . 
O fecho das escolas onde não  há  qq problena de infeção acho despropositado.
Beijos.  :)
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De Sarin a 12.03.2020 às 14:32

Olá, Maria.
Em coisas técnicas, os técnicos que respondam - e o Conselho Nacional de Saúde Pública já respondeu. Agora, a decisão política não sabemos qual seja - mas as implicações de um encerramento gratuito são imensas, e duvido que pais e directores as ponderem. Que querer é fácil, não é?
Eem matéria pessoal, o técnico é o indivíduo :)
Beijocas

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