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imagem retirada de PolítiKaUCAB
A bravura de Maduro na Venezuela não é de herói mas de bravata, o cerco à morte por dentro e a ajuda humanitária que fique longe, lá longe que na Venezuela ninguém é pedinte mesmo que tenha fome. Tem medo da invasão, fecha fronteiras que, fechadas, não deixam entrar armas mas também não deixam entrar nem alimentos nem medicamentos.
Não deixa de ter razão, e só a terá neste parágrafo, quando diz que ninguém quis acompanhar as eleições, e por isso não têm agora o direito de dizer que as eleições não foram livres ou que os resultados não são legítimos. Excepto, talvez, o direito que há muito anseiam ter sobre o petróleo.
Petróleo que abunda entre os famélicos dessa terra, onde dizem que falta tudo e agora nada entra, esmagada entre dois Presidentes: um talvez eleito e apoiado por meio mundo, e outro auto-proclamado com o ámen do outro meio - duas metades desse mundo que apenas olha as tragédias quando há mais a lucrar do que vidas...
... o que apenas inviabiliza o discurso humanista dessa gente desses tais meios mundos, que gente assim não pode ser de um Mundo inteiro.
Inviabiliza o discurso, não inviabiliza a ajuda. E menos a torna dispensável, a essa ajuda. Qualquer ajuda.
Porque os cidadãos na Venezuela precisam de ajuda. Precisam de comida, precisam de medicamentos - e precisam de paz. Precisam de saber que podem ter e dizer a sua opinião. Precisam de saber que têm o que comer. Precisam que os negócios não sejam congelados apenas porque quem os congela não gosta dos dirigentes por si eleitos. Precisam de saber que o Presidente que elegem se preocupa mais com eles do que com a cadeira que ocupa.
Os cidadãos da Venezuela precisam urgentemente que as hienas nacionais lhes deixem o sono e o poder em paz.
Os cidadãos da Venezuela precisam urgentemente que os vampiros internacionais lhes não embarguem o sorriso em troca das entranhas.
Os cidadãos da Venezuela precisam de estar na sua terra entre os seus na plena posse do que é seu, terra e ar e petróleo e decisão.
Os cidadãos da Venezuela não precisam de um presidente que usa as suas vidas como arma, um presidente que de Maduro apenas tem o nome, podre que está. Nem precisam de armas para uma Primavera Sul-Americana. A Árabe, sabemos, não correu nada bem.
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