Imagem do blog - Gaffe
cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Leio "O desmatamento da Amazónia brasileira subiu acima de três hectares por minuto, de acordo com os últimos dados do governo" e as lágrimas invadem-me o peito, a asma a oprimir menos que as palavras lidas.
Os madeireiros, os agricultores, os mineiros e os traficantes de espécies exóticas são responsáveis. Mas são as políticas de Bolsonaro que, segundo tudo indica, permitem este aumento descomunal.
Sim, a responsabilidade, a culpa e a falta de escrúpulos são de Bolsonaro, dos apoiantes de Bolsonaro, dos amigos de Bolsonaro! "Têm de perceber que a Amazónia é nossa, não vossa". E assim se permitem invasões e desmatamentos, enquanto se procuram parceiros para exploração dos recursos hídricos e geológicos.
Cristovam Buarque disse, ainda antes de ter sido Ministro da Educação, algo aparentemente parecido. Apenas aparentemente parecido: não falou em exploração de recursos. Falou em soberania. E em desequilíbrios.
Até Gilberto Gil, enquanto Ministro da Cultura, fez mais pela preservação da Amazónia do que Bolsonaro prometeu fazer enquanto Presidente do Brasil. E falo da Amazónia, não apenas da floresta amazónica. Desiluda-se quem as supõe o mesmo.
Bem sei que a Amazónia ser brasileira ou ser internacional é um discurso que se presta a muitas maleabilidades. Vale a pena ler sobre esta condição, perceber-se-á melhor a vacuidade de alguns argumentos. E o oportunismo de outros.
Antes da eleição de Bolsonaro deixei um SOS. Sabia ser claramente emergência. Não o esperava tão celeremente urgência. É!
"Lutar com unhas e dentes
P'ra termos direito a um depois"
Versos da canção Pantanal, de Marcus Viana. Escritos em 1990, podem ser lidos e ouvidos no meu postal 'SOS Tentar visitar antes que acabe'. Obviamente, falava de uma visita metafórica.
imagem recolhida em Humor Inteligente
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.