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A pandemia não mata ninguém, pá!

por Sarin, em 02.04.20

Leio em vários órgãos que "a Pandemia já fez x vítimas mortais", "morreram y devido à pandemia" e outras frases semelhantes.

Percebo perfeitamente o que significa, também eu talvez o diga e, até, o escreva num comentário mais rápido - porque sai naturalmente a quem consciente do significado. Mas, devido à polémica da Mitigação, apercebo-me que esta associação de palavras poderá, esta sim, contribuir para confundir quem menos acostumado ao termo, levando a entender pandemia como sinónimo de calamidade. Não que uma pandemia não seja um acontecimento grave, mas pode não ser tão catastrófica como os receios que o termo suscita.

Uma pandemia é uma doença ou enfermidade que se espalhou pelo mundo num determinado espaço de tempo. Pode ser uma doença altamente debilitante, pode ser uma doença letal ou pode ser uma doença que, nem sendo letal nem sendo altamente debilitante, provoque constrangimentos nos serviços de saúde que, sobrecarregados, ficam sem capacidade de resposta a doenças mais graves. E, esta, é uma calamidade em grande escala - por causa da pandemia, não por ser a pandemia. Porque a pandemia não mata ninguém, o que pode matar é o agente infeccioso que está na sua origem. 

Este agente infeccioso pode ser um vírus, uma bactéria, um fungo ou outro agente que tenha a capacidade de se reproduzir ou de provocar a sua replicação (nesta pandemia, é o vírus SARS-CoV-2; numa emergência de saúde pública muito famosa foi um prião - que, à luz do conhecimento actual, mais não é do que um bocado de proteína defeituosa). Os agentes precisam de um hospedeiro para se reproduzirem/replicarem, e cada espécie (ou cada tipo, no caso de vírus e priões) de agente tem muitas espécies hospedeiras à escolha, entre peixes, insectos, répteis, mamíferos, aves... basta que consigam entrar no organismo de um indivíduo e multiplicar-se, e já está, eis a doença! Há alguns agentes que não são nada esquisitos e arranjam mais do que uma espécie hospedeira, e quem não se lembra das Encefalopatia Espongiforme dos Felinos (FSE) e dos Bovinos (BSE) - esta última a ter relação com a doença de Creutzfeldt-Jakob, a das Vacas Loucas? Pois é, de quando em vez, os hospedeiros somos nós, humanos - que, e até prova em contrário, seremos a única espécie do planeta capaz de identificar e registar estes fenómenos. E, depois, ainda há aqueles agentes que, tendo várias espécies hospedeiras, não fazem mal (ou ainda não percebemos o mal que fazem) a algumas (a que se dá o nome de vectores) porque querem é uma boleia para as outras - como o agente da malária, um ser dos mais elementares que existem (protozoários) mas que lá arranjou forma de passar de um mosquito para um humano porque não consegue passar de um humano para outro humano.

Quando ataca um indivíduo, o agente pode ser combatido e derrotado pelo sistema imunitário do indivíduo atacado, caso em que perde a guerra e não há infecção; mas, se o sistema imunitário não tiver armas adequadas ou suficientes para o combate, o agente ganha e instala-se, e ainda tentará saltar para outro indivíduo - todas as espécies são como que impelidas à reprodução, e os agentes infecciosos não são excepção. Até os priões, sobre os quais não se pode dizer que se reproduzem, têm a capacidade de se replicarem, ou seja, multiplicam-se e fazem estragos.

Para dificultar as coisas, o indivíduo infectado pode não manifestar doença - o agente anda a passear pelo seu organismo mas, por qualquer motivo (do agente ou do indivíduo) não o perturba e o indivíduo não apresenta quaisquer sintomas. Passa a ser um doente assintomático, que ficará, sem se aperceber, portador do agente infeccioso. Mas, porque o indivíduo está realmente infectado, não significa que não venha a desenvolver os sintomas mais tarde - o indivíduo torna-se uma bomba-relógio, a menos que haja medicação eficaz.

O primeiro indivíduo que desenvolver a doença ganha o nome de paciente zero, ou seja, é a partir deste autêntico campo minado que se tentam encontrar as cadeias de transmissão. Porque cada infectado acabará por infectar outros, mas numa fase inicial só se identifica a infecção nos que apresentam sintomas, naqueles em que o agente já está a ganhar o combate - principalmente quando a doença é nova. Quando, numa mesma pequena região, surgem vários indivíduos com a mesma doença em datas próximas, estamos perante um surto.

Tudo começa com um surto, e se não se conseguirem identificar, controlar e cortar as cadeias de transmissão, os casos aumentarão, a doença alastrará a outras regiões e transformar-se-á em epidemia. Não há um número exacto para dizer quando se passa de surto para epidemia, pois a forma de o agente se transmitir de indivíduo para indivíduo e a capacidade de permanecer viável (isto é, com capacidade infecciosa) fora do hospedeiro, determinam a sua capacidade de contágio - e tanto podemos ter um surto com muitos casos como com poucos. 

A pandemia é oficialmente declarada pela Organização Mundial de Saúde quando, num determinado espaço de tempo, os surtos e as epidemias ocorrem em diferentes pontos do mundo - significa que as cadeias de transmissão cruzaram fronteiras geográficas e saltaram continentes, como se os agentes infecciosos andassem na pesca por arrastão e levassem tudo a eito. Como se tem visto.

 

Surto, Epidemia e Pandemia são, nada mais, nada menos, do que classificações quanto à disseminação e à área  geográfica abrangida por uma doença, nada tendo a ver com a gravidade da doença nem com a mortalidade dela resultante. Há agentes com uma elevada capacidade infecciosa (o vírus do Ébola ou o HIV, por exemplo), mas cuja capacidade de contágio é baixa (ninguém fica infectado apenas por tocar um objecto tocado por um infectado por HIV, por exemplo) ou as cadeias de transmissão estão bem controladas, motivo pelo qual alguns nunca chegam a causar epidemias ou pandemias.

 

E, já agora, onde encaixam as endemias?

Normalmente, os agentes infecciosos que dão origem aos surtos, às epidemias e às pandemias surgem, deixam-se estar um bocado a fazer os seus estragos, e desaparecem - na maior parte das vezes porque o homem consegue descobrir os mecanismos para travar quer o contágio (a tal quebra das cadeias de transmissão) quer a infecção (as vacinas e, por favor, respeitem as vacinas!).

Mas há situações em que tal não se verifica, e os agentes fixam-se nas zonas onde as condições para a sua proliferação estão asseguradas. As doenças tornam-se endémicas, porque as cadeias de transmissão nunca são completamente cortadas. Por exemplo, a malária, cujo vírus só precisa de águas estagnadas e de um calorzinho para que os insectos-vectores proliferem - mesmo que as populações tenham saneamento adequado (a maioria não tem), fica sempre por controlar o factor Natureza. A única forma de erradicar tais endemias é pela imunização das populações.

A imunização não é simples, pois basta uma mutação (não quaquer uma) no agente para que a vacina perca eficácia. Geralmente, também não sai barata, que entre investigação, teste, produção e distribuição as farmacêuticas podem não fazer o mais difícil (quantas vezes a investigação não é desenvolvida em centros universitários públicos?), mas cobram por todo o trabalho. E, ao contrário do que alguns teorizaram (e, mais grave, testaram na população, veja-se o Reino Unido), não basta expor as populações aos agentes e fazer figas para que os organismos reajam - se assim fosse, as endemias já estariam erradicadas há muito!

Enfim, o postal já vai em testamento e ainda nem sei como o ilustrar, por isso fico-me por aqui. Até porque eu só queria esclarecer aquela coisa de a pandemia matar gente.

 

pandemic.jpg

imagem colhida no ICTQ

 

[Cuidemos de todos cuidando de nós: Etiqueta respiratória. Higiene. Distância física. Calma. Senso. Civismo.]
[há dias de muita inspiração. outros que não. nada como espreitar também os postais anteriores]

Autoria e outros dados (tags, etc)

lançado às 07:55

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.



42 comentários

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De Luísa de Sousa a 02.04.2020 às 12:50

Muito esclarecedor este post!!!
Portanto, o que erradica é "imunizar as populações"
Beijinhos Sara
Feliz Dia!
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De Sarin a 02.04.2020 às 13:30

:D:D:D Na resposta inicial, ainda meia a dormir, falei no VHS :D:D:D
Desculpa, Luísa, segue a resposta corrigida :))


Quando é impossível cortar as cadeias de transmissão, Luísa! Nem todas as doenças têm vacina, a Sida, por exemplo, mas consegue-se evitar a infecção com mecanismos de barreira - pois o HIV só sobrevive nos fluídos animais.Em tudo o mais, sim, e sempre que possível, imunização - mas por vacinação, não por já se ter sofrido a doença, pois a imunização pode não ser eterna :)Beijocas, Luísa, e um abracinho à Clarinha :*****


De Não Identificado a 06.04.2020 às 23:00

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De Sarin a 06.04.2020 às 23:03

E, com esta, acabou de demonstrar que anda a cantar de ouvido.
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De Sarin a 14.04.2020 às 00:08

Resposta das 23:03 a este comentário:

voza0db respondeu ao seu comentário no post A pandemia não mata ninguém, pá! às 23:00, 06/04/2020 :

"SIDA" não é uma doença! O 'S' é de Síndrome!

Pode responder ao comentário usando esta ligação.

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De Não Identificado a 07.04.2020 às 02:45

Olha este armado em parvo! Então não sabes que a SIDA apenas manteve o nome, e que já é classificada como doença?


Toma lá, ó asno!
https://www.pnvihsida.dgs.pt/questoes-vihsida/o-que-e-a-sida.aspx (https://www.pnvihsida.dgs.pt/questoes-vihsida/o-que-e-a-sida.aspx)

https://medprev.online/blog/qual-a-diferenca-entre-doenca-sindrome-sintoma-e-transtorno.html (https://medprev.online/blog/qual-a-diferenca-entre-doenca-sindrome-sintoma-e-transtorno.html)

De Não Identificado a 07.04.2020 às 09:20

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De Sarin a 14.04.2020 às 00:25

Desculpe incomodar, mas o comentador que lhe respondeu apagou os comentários uns dias depois. da mesma forma que não censuro ninguém, não admito que escrevam o que lhes apetece e depois apaguem sem pedir desculpa. Assim, estou a repor o comentário apagado. 


voza0db respondeu ao seu comentário no post A pandemia não mata ninguém, pá! às 09:20, 07/04/2020 :

E eu é que ando a seguir sites cheios de teóricos da conspiração?Se eu sou asno, tu moça, és apenas mais uma boçal crónica... Nem sei porque escreves tantas baboseiras sobre a língua tuga se a seguir te comportas como uma analfabruta?!No início a designação correcta para o comportamento animal também foi alterada apenas porque lhes convinha!Este teu comentário espelha bem a boçal que és.Espero que a DGS sugira à manada de boçais que a melhor forma de evitar infecção e morte devido ao SARS-CoV-2 não é a máscara mas sim saltar de uma ponte.E eu de boçais só quero...https://c1.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/Bac17372c/21746959_w0rZY.jpegBOM VOO...

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De MJP a 02.04.2020 às 13:30

Excelente clarificação de conceitos, Sarin!
Dia Feliz!
Beijos**
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De Sarin a 02.04.2020 às 13:44

Obrigada, MJP, faz-se o que se pode contra o alarmismo e a desinformação, porque a desinformação pode nascer de vícios de linguagem tão frequentes como o que deu ideia para este postal.


Beijocas, tem uma boa tarde e cuida-te :**
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De Nala a 02.04.2020 às 18:27

Aleluia! Tu existem! Mais um post de serviço público que bem é preciso: para os pouco preocupados ou para os assustados de mais.

 Sim esta coisa mata, nem todos é verdade, mas pode ser bastante perigosa e destruida e, ao contrário do que é muito veiculado, se a maioria dos casos graves são de idosos existem muitos individuos jovens e aparentemente saudáveis que estão em situações bem graves. A ideia de base dos ingleses não era má mas deu muito errado e perdeu-se tempo e controlo. 


Quanto a isto tudo lembrei-me de uma conferência tedtalks de 2014 que o Bill Gates deu exatamente a propósito disso. Se ainda não viste deixo-te a sugestão! 


Prevenção para todos deve ser a palavra de ordem!
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De Sarin a 03.04.2020 às 01:07

A ideia dos ingleses, em teoria, seria boa - na prática, exigia que tivessem medicamentos eficazes. É que isto de usar como vacina o agente activo e não ter medicamentos para regular a carga viral é capaz de dar para o torto à grande e à inglesa...
Vi um aparte dessa conferência, há uns tempos - e depois não sei porque não acabei de ver... mas irei em busca dela de novo, sim, obrigada pela lembrança.

Este postal nem era para ser tão extenso, que a ideia era, realmente, esclarecer os termos. Mas falei em agente infeccioso e pensei que talvez pudesse alertar para a sua diversidade, depois falar em hospedeiro sem falar do vector parecia-me ficar a coisa incompleta. Olha, fui escrevendo e saiu esta aula, como lhe chamou o José (cheia) :))



Beijos, cuida de ti e cuida de ti
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De cheia a 02.04.2020 às 23:30

Uma boa aula para esclarecer o que é uma pandemia.
Muito obrigado, pela lição.
Boa noite 
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De Sarin a 03.04.2020 às 01:12

Olá, caro cheia, boa noite.
Acredite que não pretendi dar aulas a ninguém, o postal nasceu para esclarecer que uma pandemia não tem de ser sempre o fim-do-mundo. Mas uma pessoa começa a falar destas coisas e os termos mais específicos vão surgindo como cerejas... escrever um postal para esclarecer um conceito e carregá-lo de conceitos não explicados não seria lá grande coisa ;)
Mas, se depois de ler, se sente esclarecido e informado, fico muito satisfeita e menos arrependida de ter escrito tanto :))
Boa continuação
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De João Silva a 03.04.2020 às 08:33

Por motivos de celeridade de processos, não posso dissertar sobre o que escreveste 😂😂😂 mas aproveito para te elogiar uma vez mais a paciência para dares às pessoas os argumentos necessários para que adquiram conhecimentos corretos. Como linguista, também agradeço que tenhas salvo a honra da palavra pandemia 😉😜 beijinhos, cuida-te e um bom fim de semana 
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De Sarin a 03.04.2020 às 14:33

Rapaz, tu disserta o que quiseres quando puderes... :)))
Como respondi a outros comentários, uma pessoa começa um postal por uma coisita de nada, um viciozinho de linguagem. Na explicação estica-se um bocadinho mais, mais outro bocadito... enfim, é como a história da sopa da pedra :)) tenho que começar a contar as palavras :D:D:D:D
Como falante da língua, é meu dever pugnar pela honra das palavras ;) Nada a agradecer.
Beijocas, que tudo esteja bem por aí e não esqueças de avisar quando ficar melhor :)
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De HD a 03.04.2020 às 20:59

Caramba, cada vez tenho mais a certeza que percebo pouco da matéria... :-\
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De Sarin a 03.04.2020 às 21:03

Lamento ter-te confundido, não era intenção, pelo contrário :(
O que te deixou mais confuso? Talvez possa tentar simplificar o que escrevi...
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De HD a 03.04.2020 às 21:05

Quase tudo. As cadeias de transmissão... :_\
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De Sarin a 03.04.2020 às 22:38

Desculpa só agora, mas este comentário teve de ser feito no computador :D
A cadeia de transmissão é o caminho que o agente infeccioso fez. Rastrear a cadeia de transmissão é identificar quem infectou quem.
A primeira pessoa infectada com sintomas, o paciente 0, vai transmitir o agente a um determinado número de pessoas. E estas a outras, e assim sucessivamente. Enquanto sabes quem infectou quem, rastreias a cadeia de transmissão, como se fizesses uma fila indiana. Pode haver várias cadeias em simultâneo, principalmente quando a doença é importada - como foi o nosso caso.
Mas chega uma altura em que já há tantas pessoas infectadas que se torna impossível perceber quem contaminou quem - é quando estamos na fase de transmissão comunitária, a segunda fase da Mitigação e a mais grave de todas.
Para teres uma ideia, se considerarmos que a capacidade de contágio do agente se traduz numa média de 3 infectados por cada indivíduo hospedeiro, o paciente zero, cria três infectados no primeiro nível da cadeia. Cada um deles vai criar outros 3 infectados - o paciente 01 cria os 011, 012, 013 (e os pacientes 02 e 03 idem, num total de 9 infectados neste segundo nível); e cada um destes irá infectar mais outros 3 indivíduos - o paciente 011 cria os pacientes 0111, 0112, 0113 (e os paciente 012 e 013 idem)... e neste nível surgem 27 infectados. O agente infeccioso conseguiu, em três níveis da cadeia, passar de 1 infectado, o paciente zero, para 1+3+9+27=40 infectados! Dá para ver a rapidez com que um agente se pode espalhar por aí se as cadeias de transmissão não forem quebradas. [e eu tinha um esquema que me deu um trabalhão a fazer mas que foi apagado porque excedi o número de espaços e caracteres, ora bolas!)

Já agora,
Rastrear a cadeia de transmissão é identificar quem infectou quem.
Controlar a cadeia de transmissão é manter sob observação médica as pessoas que contactam com um infectado cuja origem da infecção é conhecida, de forma a conseguir quebrar essa cadeia.
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De Sarin a 03.04.2020 às 23:02

Desculpa, controlar a cadeia mantendo sob observação médica para que conduza as medidas necessárias ao quebrar da cadeia. No caso do SARS-CoV-2, o vírus que provoca a Covid19, era (e é) o isolamento dessas pessoas durante 14 dias e os testes; com outros agentes podem ser outras as medidas.
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De HD a 05.04.2020 às 21:02

Já consegui -finalmente- perceber o alcance exponencial das eventuais transmissões :-)

Muito obrigado pelo tempo e atenção, na elucidação particular *_*

Fica bem! Bom resto de fim de semana! Um beijo* 
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De Sarin a 05.04.2020 às 21:33

Se eu soubesse que estavas à-vontade com a exponencialidade, ter-me-ia poupado o gráfico! :D:D:D
No que souber e puder, estás à vontade :)
Beijos, fica bem :*
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De Não Identificado a 07.04.2020 às 02:57

Somos dois! Mas eu aproveitei a boleia, eheheh
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De Sarin a 07.04.2020 às 10:59

Estando publicado, é para quem lê :)
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De Sarin a 03.04.2020 às 22:46

Infecção Inicial                                               0
Nível 1                         /                                 |                                  \
                                  1                                  2                                   3                      =  3
Nível 2            /          |          \            /         |          \           /           |          \
                     1           2          3           1          2          3          1           2          3          =  9
Nível 3        / | \      / | \     / | \      / | \     / | \      / | \     / | \      / | \     / | \   
                  1 2 3     1 2 3     1 2 3     1 2 3     1 2 3     1 2 3     1 2 3     1 2 3     1 2 3      = 27
                                                                                                                                  +___
                                                                                                                                    40

De Não Identificado a 06.04.2020 às 22:57

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De Sarin a 06.04.2020 às 23:01

Queira contrapor.

De Não Identificado a 06.04.2020 às 23:29

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De Sarin a 06.04.2020 às 23:44

Cf. disse antes, canta de ouvido.
Falo do desenvolvimento do agente no hospedeiro e as consequências para este - capacidade infecciosa, patogenicidade ou virulência; e apresenta-me valores de exposição ao risco - contágio, portanto. Não lhe responderei mais.

De Não Identificado a 07.04.2020 às 00:17

Sem imagem de perfil

De Não Identificado a 07.04.2020 às 02:54

És muito bronco! O post diz capacidade infecciosa, tu dizes que é baixa, mostras uma coisa que não tem nada a ver, e quando te dizem que meteste os pés pelas mãos armas-te em dótor e dizes que antes de chegar à infecção tem de haver a transmissão?! Mas o que é que não percebeste, ó caramelo?!

De Não Identificado a 07.04.2020 às 09:22

De Não Identificado a 07.04.2020 às 09:25

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De Sarin a 14.04.2020 às 00:27

Cf. expliquei acima...

voza0db respondeu ao seu comentário no post A pandemia não mata ninguém, pá! às 09:22, 07/04/2020 :

Comparando com uma boçal como tu... que só porque lê no sítio da DGS que "SIDA é síndrome mas a gente agora vai passar a dizer que é doença só porque nos apetece", percebo infinitamente mais!

Pode responder ao comentário usando esta ligação.

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De Sarin a 14.04.2020 às 00:27

E ainda outro...

voza0db respondeu ao seu comentário no post A pandemia não mata ninguém, pá! às 09:25, 07/04/2020 :

Só agora dei conta que tu és outro(a) boçal... Ainda por cima uns níveis abaixo da boçal Sarin (o que não admira), pois tu nem para ler serves!

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De Sarin a 14.04.2020 às 00:14

Resposta das 23:44 a este comentário:


voza0db respondeu ao seu comentário no post A pandemia não mata ninguém, pá! às 23:29, 06/04/2020 :

Então?! Tu não apresentas nada, excepto aquela afirmação genérica, e questionada sobre o suporte para tal generalidade, eu é que tenho de contrapor?!Já começo a ver o que gasta esta casa...Ainda assim - e visto que não pretendo me alongar - aí vai!É tudo menos "elevada capacidade" excepto para transfusões de sangue, mas mesmo assim não consegue ser 1/1!Fonte: CDCEstimated Per-Act Probability of Acquiring HIV from an Infected Source, by Exposure Acta Type of Exposure Risk per 10,000 Exposures Parenteral Blood Transfusion 9,000b Needle-sharing during injection drug use 67c Percutaneous (needle-stick) 30d Sexual Receptive anal intercourse 50e, f Receptive penile-vaginal intercourse 10e, f, g Insertive anal intercourse 6.5e, f Insertive penile-vaginal intercourse 5e, f Receptive oral intercourse lowe, i Insertive oral intercourse lowe, i Otherh Biting negligiblej Spitting negligible Throwing body fluids (including semen or saliva) negligible Sharing sex toys negligible

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De Sarin a 14.04.2020 às 00:20

A este comentário das 23:44 respondeu com:


voza0db respondeu ao seu comentário no post A pandemia não mata ninguém, pá! às 00:17, 07/04/2020 :

Para quem afirma que SIDA é uma doença, precisas de ter mais calma... Primeiro vem a transmissão. Só depois com sorte ocorre a infecção. E só depois disso virá a "capacidade infecciosa". E dado que nem os ditos "estudiosos" chegam a acordo sobre tal capacidade, a tua afirmação é apenas mais uma que encaixa bem na gaveta de onde saiu a da "doença"!Chuva seca por estas bandas...

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De Sarin a 14.04.2020 às 00:06

Resposta das 23:01 a este comentário:

voza0db comentou o post A pandemia não mata ninguém, pá! às 22:57, 06/04/2020 :

Credo!"VIH", afirmas tu, tem uma "elevada capacidade infecciosa". Onde foste buscar tal alarvidade?A mais divertida que corre por aí é quando dizem "foram infectados por COVID-19"! Preciosa ignorância...

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De Não Identificado a 07.04.2020 às 02:54

Explicação 👍
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De Sarin a 07.04.2020 às 11:00

Obrigada.

[a palavra a quem a quer]




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