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cabeçalho sobre foto de Erika Zolli
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Embalada no estarmos em campanha eleitoral...
para as Legislativas de 2019, que ocorrerão dia 6 de Outubro,
para os Sapos do Ano 2019, cuja fase de nomeações termina hoje,
para o Euromilhões, que espero me calhe amanhã pois já estou farta dos Excêntricos,
para Miss Universo-lá-de-casa, que, como o Natal, é quando eu quiser,
... aproveito e faço mais uma campanha, verdadeira arruada aqui no burgo!
Talvez já se tenham apercebido da pergunta que a Equipa nos colocou recentemente, Uma pergunta que dispensa explicação... e cujas opções são Post / Artigo / Postal / Posta / Publicação / Outro.
Reparemos que 5 opções estão em Português, a nossa língua, aquela que é riquíssima e que aqui nos une no gosto pelo seu uso;
e uma opção está em Inglês, língua que querem universal e que vai simplificando o uso das línguas escritas e faladas, descaracterizando-se porque encolhendo-se, e descaracterizando quase todas as outras por ocupar os seus lugares.
Nada tenho contra falar-se inglês, ou outras línguas - aliás, defendo que quanto mais línguas percebermos mais fácil será a comunicação entre os povos. Mas uma coisa é saber usar línguas estrangeiras, outra é substituir as nativas...
Reparemos que o site, que quase todos usamos para indicar um sítio da internet, significa, literalmente.... sítio. Já aquela, a internet, é rede entre vários. Fica giro escrito em cámone, mas é triste ver que nomearam as invenções tal como nós as nomearíamos - e que agora lhes recusamos os nomes que são seus. Adiante.
Olhemos o blog, que nasceu da contracção entre web e log = weblog = blog. Um verdadeiro neologismo. Que desde que nasceu já teve aportuguesamento para blogue. Tal como a chauffage se aportuguesou para chaufagem - e hoje mal se usa, culpai, senhores, o ar condicionado. Ou como o hotel era, há 60-80 anos, uma palava com sílaba tónica grave, tal como a diziam os americanos e ingleses, e hoje já quase ninguém diz hótel - embora duvide que, chegados a Inglaterra, algum de nós pergunte pelo hotél.
Este intróito serve para explicar aquilo que todos sabemos: que a Língua Portuguesa evolui, transforma-se, absorve palavras estrangeiras, perde o uso de palavras antigas - é dinâmica. E é muito rica.
Mas para continuar a ser rica e dinâmica precisa de nós, depende de nós, que a falamos e escrevemos. Precisa que a continuemos a usar.
Que tal darmos-lhe mais valor? Que tal dizermos bistrot em francês, risotto em italiano, post em inglês...
... e em português usarmos palavras portuguesas, saindo desse sítio onde nos querem de vocabulário reduzido e homogéneo?
Podemos começar já, com esta pergunta que a Equipa do Sapo nos coloca: escolhendo usar, em vez de post, uma palavra portuguesa ou aportuguesada - mas nossa.
Defender o Ambiente passa por consumir local. Querem produto mais local do que a nossa Língua?
Pode parecer que não, mas está tudo ligado.
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