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[30 dias, 30 poemas]
30/30 #2
O amor tudo perdoa
O amor tudo perdoa
repetem
crentes
os insensatos
enquanto o bafo do dever
lhe abafa a vida
lhe abafa a dor
lhe cala as horas
que calam fundo
que cavam fundo
as catacumbas
onde
fugidas de si
despidas
fenecem esperança e ternura
despedidas
Talvez
um dia a liberdade
Talvez
tal vez lhe assome
e
sumindo-se
se recupere ou se fine
Esposa amante
mal amada
maltratada
desfolhada entre o bem querer
e o mal dever
bebido no peito da mãe
no chá de menina em trança
no café da vizinhança
que
bêbeda
lhe morde as lágrimas
e pede o sacrifício do seu sangue
O amor tudo perdoa
jugo conjugado
sempre
no imperativo de mulher ausente
uma resposta ao meu desafio, solicitada pela Isa Nascimento.
Que me repescou para um desafio navegado entre 30 de Julho e 28 de Agosto.
[ver poema anterior]
o meu está aberto a todos os que visitam este burgo. a Almoxarife, a Menestrel e a Bobo agradecem a participação. eu agradeço ainda mais.
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