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O púlpito a Luís Marques Mendes

por Sarin, em 31.07.19

Só para recordar que os impolutos estão por aí. Os crédulos também...

 

 

 

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lançado às 14:25

A Sarin preguiçosa rouba a Gaffe

por Sarin, em 31.07.19

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A Gaffe para totós descontrolados

 

Vale sempre a pena visitá-la. Mas este postal quero-o sincronizado com aquele. Ide!

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lançado às 11:55

Música dedicada: Amazónia

por Sarin, em 28.07.19

Peça, Amazônia

Intérprete, Nilson Chaves

Letra e Música, Nilson Chaves (1991)

Motivo da dedicatória: Precisa do nosso apoio

 

Sim eu tenho a cara do saci, o sabor do tucumã
Tenho as asas do curió, e namoro cunhatã
Tenho o cheiro do patchouli e o gosto do taperebá
Eu sou açaí e cobra grande

O curupira sim saiu de mim, saiu de mim, saiu de mim...

Sei cantar o "tár" do carimbó, do siriá e do lundú
O caboclo lá de Cametá e o índio do Xingu
Tenho a força do muiraquitã

Sou pipira das manhãs
Sou o boto, igarapé
Sou rio Negro e Tocantins

Samaúma da floresta, peixe-boi e jabuti
Mururé filho da selva
A boiúna está em mim

Sou curumim, sou Guajará ou Valdemar, o Marajó, cunhã...
A pororoca sim nasceu em mim, nasceu em mim, nasceu em mim...

Se eu tenho a cara do Pará, o calor do tarubá
Um uirapuru que sonha
Sou muito mais...
Eu sou, Amazônia!

 

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lançado às 19:55

O tricórnio de Trump

por Sarin, em 26.07.19

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A ingerência, por se intrometer num processo criminal exclusivo de outro país que não ameaça os direitos humanos do cidadão visado.

 

A ignorância, por desconhecer ou fingir desconhecer a separação dos poderes judiciário e executivo.

 

O desplante, por falar em nome da comunidade afro-americana, e por se arrogar investigador e juiz.

 

<<“A Suécia desapontou a nossa comunidade afro-americana nos Estados Unidos. Eu vi o vídeo de A$AP Rocky e ele estava a ser seguido e molestado por arruaceiros”, escreveu Trump no Twitter>>

 

Um tricórnio usado não pelo cavaleiro mas pelo touro que investe com a loja de cristais às costas.

 

 

imagem recolhida em Theatr'hall

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lançado às 18:30

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Num país de governantes sérios, isto nunca teria acontecido.

Num país de gente séria, isto seria motivo para entregar a demissão do responsável numa bandeja.

 

Percebamo-nos: os incêndios acontecem. A forma como os gerimos revelarão as capacidades e as incapacidades técnicas, operacionais e políticas - no terreno como no gabinete, na prevenção como no combate. Se o modelo de gestão falha, naturalmente há responsabilidades políticas. Que não começam e acabam no executivo em funções, relembro - há medidas de curto-prazo e há medidas de longo-prazo, e convém não esquecer que as medidas florestais de longo-prazo tomadas nos últimos 45 anos são aquelas que, iniciadas em 2007, foram interrompidas em 2011.

As medidas de curto e médio-prazo, se bem articuladas, não teriam evitado os incêndios  mas certamente teriam evitado a dimensão catastrófica das suas consequências.

Duvido que com outro executivo o resultado fosse muito diferente - não o foi noutras situações, veja-se o incêndio de 2016 no Funchal  ou os incêndios de 2013 e de 2003 no continente. As vítimas mortais foram-no por estarem no local errado à hora errada e foram-no por incúria, principalmente de quem gere e depois de quem previne. Não foram mais por sorte. Em qualquer dos anos.

 

Se em plena gestão de crise não se devem assacar responsabilidades políticas, no rescaldo não se devem esquecer tais responsabilizações. Muito menos se devem ignorar as falhas.

Complacentemente, assistimos à implementação de muitas medidas avulsas, à aquisição do SIRESP que nunca deveria ter sido privado, às multas por não se limpar o mato... e as tais medidas de longo-prazo tardam. Tardam sempre. E as medidas de curto-prazo são sempre muito imediatas e muito formativas e muito proclamadas. Mas a operacionalização implica mexer em muitos feudos... jobs for the boys, sim, e em todos os níveis hierárquicos. E não, não apenas do PS, o que leva as guerras partidárias para outro terreno e muito mais comburente.

 

Mas isto? Isto não é desinteresse, não é desconhecimento, não é desarticulação, não é irresponsabilidade, não é incompetência e nem sequer é inépcia.

A distribuição de falsas golas antifumo como sensibilização para a implementação das medidas de prevenção contra incêndios é, apenas e porque tudo, inqualificável. E desclassificável: exige a demissão imediata do responsável da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil. Do ministro que assim lhe dá cobertura, também.

Sim, no meio da crise não se exigem cabeças. Mas estas está provado que não fazem qualquer falta.

 

Como diz e muito bem a Não me dêem ouvidos, em Portugal brincamos com o fogo. 

 

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lançado às 13:25

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Leio "O desmatamento da Amazónia brasileira subiu acima de três hectares por minuto, de acordo com os últimos dados do governo" e as lágrimas invadem-me o peito, a asma a oprimir menos que as palavras lidas.

Os madeireiros, os agricultores, os mineiros e os traficantes de espécies exóticas são responsáveis. Mas são as políticas de Bolsonaro que, segundo tudo indica, permitem este aumento descomunal.

Sim, a responsabilidade, a culpa e a falta de escrúpulos são de Bolsonaro, dos apoiantes de Bolsonaro, dos amigos de Bolsonaro! "Têm de perceber que a Amazónia é nossa, não vossa". E assim se permitem invasões e desmatamentos, enquanto se procuram parceiros para exploração dos recursos hídricos e geológicos.

Cristovam Buarque disse, ainda antes de ter sido Ministro da Educação, algo aparentemente parecido. Apenas aparentemente parecido: não falou em exploração de recursos. Falou em soberania. E em desequilíbrios.

Até Gilberto Gil, enquanto Ministro da Cultura, fez mais pela preservação da Amazónia do que Bolsonaro prometeu fazer enquanto Presidente do Brasil. E falo da Amazónia, não apenas da floresta amazónica. Desiluda-se quem as supõe o mesmo.

Bem sei que a Amazónia ser brasileira ou ser internacional é um discurso que se presta a muitas maleabilidades. Vale a pena ler sobre esta condição, perceber-se-á melhor a vacuidade de alguns argumentos. E o oportunismo de outros.

 

Antes da eleição de Bolsonaro deixei um SOS. Sabia ser claramente emergência. Não o esperava tão celeremente urgência. É!

 

"Lutar com unhas e dentes
P'ra termos direito a um depois
"

Versos da canção Pantanal,  de Marcus Viana. Escritos em 1990, podem ser lidos e ouvidos no meu postal 'SOS Tentar visitar antes que acabe'. Obviamente, falava de uma visita metafórica.

 

 

imagem recolhida em Humor Inteligente

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lançado às 03:05

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"Sete escolas superiores com ordem de encerramento por falta de acreditação."

Sou defensora da existência de mecanismos de acreditação de serviços de avaliação de conformidade, quaisquer que sejam: calibrações de equipamentos de medição, ensaios laboratoriais, inspecções de produtos, certificação de sistemas ou de competências, ...
 
Se as escolas avaliam a competência dos alunos e a conformidade do que aprenderam com o mínimo que era suposto aprenderem, se no ensino superior não existem exames nacionais que permitam uma base de avaliação comum, e se a vida profissional depende ainda do curso mais do que do percurso, por maioria de razões defenderei a acreditação das escolas e dos centros de formação.
A exigência de procedimentos comuns de resposta ao aluno- ainda que distintos na forma; a identificação de processos indispensáveis ao objectivo Ensino; a obrigatoriedade de definir critérios curriculares e medi-los; tudo isto me garante a existência de mecanismos comuns em escolas e em cursos diferentes e incomparáveis. E garante porque estão formalizados e há uma entidade independente que avalia o seu cumprimento. No caso, a A3ES.
 
O que já não defendo, porque não compreendo, é a manutenção da actividade lectiva em escolas que perderam a acreditação - para que os alunos não sejam prejudicados, leio.
Sendo o objectivo da acreditação a salvaguarda da qualidade das condições de ensino e da fundamentação técnica e científica dos cursos ministrados, prolongar um curso numa escola que não cumpre tais requisitos será mais prejudicial para o aluno do que interromper-lhe o ciclo de estudos - a comprovada incompetência da escola não motivará o aluno, o seu currículo ficará comprometido e, entretanto, perde tempo e dinheiro. Porque garantir-se um curso numa escola não acreditada apenas serve as estatísticas relacionadas com a Educação, não a Educação, não o Trabalho, não a Cidadania.
 
E sejamos fundamentalistas: retirar a acreditação e manter a escola em funcionamento, seja por que motivo for, é uma desacreditação do objectivo da Acreditação.
 
 
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lançado às 01:38

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.


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e uma viagem diferente



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