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SE

Margarida Martins pensa que imigrantes que votam em candidatos vencedores devem voltar ao seu país.... Tem todo o direito de o pensar.

Publicou o que pensa no seu espaço pessoal numa rede social... Tem todo o direito de publicar o que quer no seu espaço pessoal.

Eliminou o que havia publicado... Tem todo o direito de eliminar o que publicou.

 

MAS

Margarida Martins ocupa um cargo público. No âmbito do qual valida atestados de residência.

Foi eleita e representa os cidadãos da sua autarquia, entre eles naturais de outros países residentes em Portugal.

Por algum motivo que não divulgou, eliminou o que publicou mas não retirou o que publicou.

 

PORTANTO

Margarida Martins não se envergonhou por ter publicado um postal que contradiz a matriz democrata que clama ser sua.

Não se envergonhou por ignorar parte dos cidadãos perante quem tem de prestar contas enquanto autarca, já não falando dos seus concidadãos que residem por esse mundo.

Não se envergonhou por ter desprezado elementares regras de urbanidade, como pedir desculpa quando e onde se falha mesmo que incipiente se sinta a responsabilidade ou a gravidade.

 

 AFINAL

Como coube uma tão grande falta de vergonha num postal em tudo tão pequenino?!

 

ENFIM 

Não é a primeira vez que pessoas com responsabilidades públicas falam e publicam irreflectidamente, quantas  vezes para satisfazer a tão na moda urgência em partilhar com o mundo.

Mas há irreflexões mais graves que outras, e tanto os gestores da coisa pública como os cidadãos têm o dever de analisar calma mas amplamente o que dizem e escrevem publicamente, assumindo a responsabilidade de exercerem o direito e usufruirem da liberdade de expressão. No caso, as responsabilidades que são políticas.

 

Já é tempo de sermos responsáveis e exigirmos responsabilidade efectiva a quem formalmente a damos. 

[Cuidemos de todos cuidando de nós: Etiqueta respiratória. Higiene. Distância física. Calma. Senso. Civismo.]
[há dias de muita inspiração. outros que não. nada como espreitar também os postais anteriores]

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lançado às 03:34

Aleluia, Messias!

por Sarin, em 31.10.18

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(fonte da imagem aqui)

 

Desdenhou Belém do Pará e desceu em Brasília, derrotou o velho David, tentará o milagre da multiplicação das balas, promete 30 dinheiros pelos inimigos, deixará Pilatos de mãos sujas por lhe privatizar a Bacia e tentará ressuscitar o Regime, declarando apócrifos os escritos onde lhe chamam Ditadura.

 

Acho que é este o texto do novíssimo livro.

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lançado às 01:35

As eleições no Brasil e La Fontaine

por Sarin, em 24.10.18

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 (fonte da imagem aqui)

 

 

Tenho andado afastada... Reconheço que ultimamente me apetece mais comentar que lançar postais - falta de paciência para estar frente ao pc, noção de que o que quero escrever se torna moroso no telemóvel, enfim, cabeça a mil e mãos em velocidade de cruzeiro aportado.

 

Num exercício de preguiça activa, deixo aqui um comentário que encontrei sobre as eleições no Brasil e que é uma excelente súmula para aquilo que penso.

 

"(...) Era uma vez a cigarra que não gostava da formiga e votou no insecticida. No final morreram todos, até o grilo que se absteve."

(https://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/o-acto-de-votar-10338886?thread=80593734#t80593734)

 

Isto a propósito de um postal de Alexandre Guerra no Delito de Opinião, sobre o qual manifestei o meu desacordo.

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lançado às 13:44

As bétulas também dançam

por Sarin, em 14.10.18

 

 

Berezka Ensemble

também conhecido como

Ballet Beriozka

 

 

Sobre a Dança

A berioska é uma dança erudita com inspiração folclórica de origem russa.

Distingue-se pela imobilidade do tronco, pelos gestos suaves de cabeça e braços, e pela sua mais conhecida e muito específica característica, o passo deslizante das bailarinas.

É dançada exclusivamente por mulheres, tradicionalmente com fatos longos para melhor manter a magia dos passos.

Deve o nome à árvore berioska, em português vidoeiro ou bétula, cuja beleza de porte e os movimentos suaves ao vento fazem lembrar a graciosidade e a beleza das bailarinas

 

 

Sobre o Grupo

Fundado em 1948 por Nadezhda Nadezhdina

Exige formação em bailado clássico, mas usa a essência das danças folclóricas

A maior parte dos bailarinos é captada do estúdio do Teatro Bolshoi, um dos mais prestigiados da Rússia e do Mundo

Desde a sua criação já fez várias digressões mundiais

Um crítico do Le Figaro escreveu "É melhor ver um espectáculo do Beriozka do que ler 200 livros sobre a Rússia"

 

Nos próximos tempos vou tentar partilhar porquê.

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lançado às 05:00

CR7 e Mayorga

por Sarin, em 12.10.18

Não queria comentar este caso... mas é realmente impossível.

Acho que muita gente nem conhece os factos, e nem os quer conhecer.

Defendem Ronaldo por ser craque, e defendem Ronaldo por ser português.

 

Bom, não seja por isso: a Maiorga também é portuguesa. Daqui do distrito, pertinho de Alcobaça...

 

 

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lançado às 18:48

Biblioteca Popular 2018

por Sarin, em 12.10.18

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Não, não é memória da Biblioteca Itinerante Gulbenkian, nem sequer sobre bibliotecas locais.

É mesmo um postal onde, porque as plataformas não me permitem a ligação como favoritos, passarei a guardar artigos de opinião e postais que considero merecedores de releitura e de espaço cá no burgo. Numa biblioteca aberta a quem vier.

Boas leituras.

 

* Patrícia Reis, Trigémeos e a indiferença do Estado e das instituições

* André Barata e Vera Tavares, #MeToo e todos nós

* Ângelo Fernandes, Cinco mitos sobre violência sexual contra homens

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lançado às 18:18

JMV: o veneno na hora da despedida

por Sarin, em 12.10.18

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(fonte da imagem aqui)

 

A procuradora corajosa que tantos queriam reconduzir, e que se recusou pronunciar-se sobre a possibilidade da sua recondução, escolheu o dia da passagem de pasta para dizer que a Constituição da República prevê a renovação do mandato do chefe do Ministério Público. Apesar de concordar com a não recondução, a CR e a lei prevêem dois mandatos, sublinha - e cada um entenda como quiser.

 

Pode Joana Marques Vidal ter toda a razão, e claro que tem direito a divulgar a sua opinião; mas teve meses para o dizer e fazer. Porque não o disse antes e acabou com os muitos rumores bipolarizados sobre a matéria? Talvez para evitar que lhe associassem o esclarecimento a uma demonstração pública de vontade em ser reconduzida? Se assim for, aplaudo-lhe a contenção e o cuidado em evitar inquinar o processo - mas, então, o que aconteceu a tal contenção e a tal cuidado que a levaram a mandar as boas intenções às urtigas e a opinar hoje? Logo hoje, dia em que abandona o cargo e a sua sucessora toma posse?

Legitima-se a pergunta: sabendo-se que quem mais defendeu a sua recondução foram os apoiantes de Passos Coelho, que a indicou, e que Lucília Gago foi indicada por Costa, não terá sido esta uma forma intencional de politizar a questão? Bastava ter dito antes "concordo com a não recondução embora a lei a permita", e as vozes ter-se-iam silenciado  em respeito ou morrido por falta de polémica. Mas pelo contrário.

 

 

Fazendo uma breve análise ao seu mandato, 

Fez história por ter tido a coragem e a determinação de afrontar poderes instituídos e assim ter provado que ninguém está acima da Justiça; é esta uma vitória da Democracia cuja responsabilidade ninguém lhe poderá negar e que acredito esteja na base das reivindicações de recondução;

Abundaram os super-casos, que embrulharam a justiça durante muito tempo e continuarão a embrulhar - há mesmo quem defende serem tais casos impossíveis de julgar dada a complexidade das interligações e que mais valia terem sido construídos casos menores; os sucessivos adiamentos e rebentamento de tudo o que eram prazos parecem dar-lhes razão; oxalá o futuro prove que não foi um erro, pois é fundamental que estes casos sejam devida e claramente julgados, por uma questão de higiene - e porque, já que de mandatos se fala, se forem estes mega-processos um erro, este recairá nas costas da actual PGR e não na de quem os instruiu;

Existiram processos de corrupção envolvendo ministros em funções que foram arquivados por expiração de prazo - justificados aparentemente pelas diligências com os casos de corrupção posteriores; supunha que na justiça se usava também a regra FIFO - First IN, First Out (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) ou que, pelo menos, não se largavam processos de submarinos que lá fora dão condenações só porque cá dentro surgem outros processos envolvendo um ex-primeiro-ministro;

Existiu um processo envolvendo ministro e primeiro-ministro em funções que por cá não foi considerado crime mas na Europa quem de direito diz que sim, que foi, e que compete ao MP português diligenciar a acusação, o que obrigou a uma tímida e silenciosa reabertura do processo;

Existiram acusações a um clube desportivo que quem de direito na Europa diz não configurarem crime mas que por cá insistem em processar como tal; existiu até a criação de super-equipas para desvendar casos desportivos que aparentemente se mantêm nas mãos de quem os começou por investigar;

Existiram processos por quebras do segredo de justiça mas as diárias quebras de segredo de justiça ecoaram e ecoam pelos jornais e redes sociais em total impunidade, do desporto à política, das empresas às famílias;

Existiu uma tentativa de colocar a PJ sob a alçada directa de quem avalia as suas investigações e as arquiva ou dá seguimento, o que levanta algumas dúvidas sobre a isenção da investigação e análise de tais matérias;

Existiu uma não recondução que gerou muita celeuma, até fricção, pela bipolarização (bipartidarização?) da questão, e sobre a qual se escusou a responder directamente quando o podia ter feito, quiçá devia ter feito, evitando assim questões sobre a transparência dos motivos de cada um. 

E foi isto.

 

Foi melhor que os antecessores? Muito melhor! Perante a inércia, qualquer movimento é bom, e JMV teve muitos  movimentos que não apenas combateram a inércia mas que foram no sentido correcto, o da Justiça.

Tem as virtudes que lhe atribuem? JMV teve bastantes movimentos aparentemente em falso e nunca se explicou por nenhum.

 

 

E depois de se ter escusado a comentar a questão da sua recondução durante todos estes meses, entendeu que o melhor dia para o fazer seria exactamente aquele em que a sua sucessora toma posse.

Ainda bem que é considerada pessoa isenta e corajosa ou poder-se-ia considerar este um belo presente cobardemente envenado.

 

Adenda às 14h30

Li agora as palavras de Rui Rio sobre Joana Marques Vidal. Substancialmente diferentes das dos passistas.

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lançado às 12:19

Onde ideias-desabafos podem nascer e morrer. Ou apenas ganhar bolor.


Obrigada por estar aqui.


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e uma viagem diferente



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